Rejeição de indicados para o CNMP pode ter sido revanchismo, diz Alvaro Dias

Da Redação | 19/09/2019, 19h56

O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) criticou, nesta quinta-feira (19), a decisão dos senadores que rejeitaram no Plenário ontem a indicação do procurador federal Lauro Machado Nogueira e do promotor de Justiça, Dermeval Farias Gomes, para serem reconduzidos para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), órgão criado em 2004 para orientar e fiscalizar o Ministério Público.

Para Alvaro Dias, não havia motivo justificado para as rejeições dos indicados, pois ambos foram sabatinados pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e não foi encontrada qualquer razão que desabonasse os designados quanto a qualificação técnica, profissional, competência e probidade. Portanto, na sua opinião, o ocorrido pareceu uma revanche e pode ter sido uma retaliação contra a Operação Lava Jato.

— Qual a razão? A razão é republicana? Não, a razão é suspeita. Vamos ficar apenas no terreno da suspeição, mas nós poderíamos ir além, e denunciar que houve aqui, sim, uma manifestação que integra a conspiração contra a Operação Lava Jato. Qual é a acusação contra eles? A acusação contra eles é que são defensores da Operação Lava Jato, que defenderam o [procurador] Deltan Dallagnol. Essa é a grave acusação contra eles — declarou.

Alvaro Dias, que participou pela manhã de reunião do movimento de senadores autodenominado Muda Senado, Muda Brasil, também criticou o projeto de lei (PL 5.029/2019) que altera os critérios para o uso do Fundo Partidário e do fundo eleitoral. Eles defendem o veto ao texto aprovado na quarta-feira (18) pela Câmara, que seguiu para a sanção presidencial.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)