Em nota, defesa de Fernando Bezerra questiona operação da Polícia Federal

Da Redação | 19/09/2019, 10h10 - ATUALIZADO EM 19/09/2019, 12h25

O gabinete do líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), foi alvo da Operação Desintegração da Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (19). Em nota, o advogado de defesa de Bezerra, André Callegari, afirmou que as medidas se referem a “fatos pretéritos” e que a justificativa seria a “a atuação política e combativa do senador”.

“Causa estranheza à defesa do senador Fernando Bezerra Coelho que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos que não guardam qualquer razão de contemporaneidade com o objeto da investigação. A única justificativa do pedido seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal”, diz o advogado André Callegari.

Além da operação no gabinete de Fernando Bezerra, a PF cumpre mandados de busca e apreensão também no gabinete do filho do senador, o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE), na Câmara dos Deputados. Ambos são investigados por irregularidades em obras da transposição do Rio São Francisco no período em que Bezerra foi ministro da Integração Nacional, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Em nota, a Polícia Federal informou que por ordem do Supremo Tribunal Federal, foram expedidos no total 52 mandados de busca e apreensão envolvendo endereço de todos os investigados, dentre eles autoridades públicas.

Ainda segundo a nota da PF, a Operação Desintegração ocorre no âmbito de uma investigação instaurada em 2017, "a partir de colaborações firmadas com investigados presos no âmbito da Operação Turbulência".

A defesa do senador Fernando Bezerra destacou que a Procuradoria Geral da República opinou contra a busca, afirmando taxativamente que “a medida terá pouca utilidade prática”. Ainda assim, segundo o advogado,  o ministro Luís Roberto Barroso a deferiu.

“Se a própria PGR — titular da persecutio criminis [persecução do crime] — não tinha interesse na medida extrema, causa ainda mais estranheza a decretação da cautelar pelo ministro em discordância com a manifestação do MPF”, destacou Callegari.

Ele disse que a defesa seguirá firme no propósito de demonstrar que as cautelares são extemporâneas e desnecessárias.

Com informações da Agência Brasil

Atualização às 12h20 para inclusão de informações.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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