Para Romário, país vive o pesadelo de um legado olímpico que nunca chegou

Da Redação | 04/07/2019, 12h57

Ao fazer referência as Olimpíadas de 2016, o senador Romário (Podemos-RJ), disse em Plenário, nesta quinta-feira (4), que o Brasil, e principalmente a cidade do Rio de Janeiro, ainda vivem o pesadelo de um legado que nunca chegou. Para o parlamentar, as expectativas geradas quando a cidade foi anunciada como sede deram lugar a obras e equipamentos que, com funcionamento precário, não atendem à população.

De acordo com Romário, a realização dos jogos no Rio de Janeiro foi um instrumento para a corrupção por políticos e empresários, como vêm demostrando, segundo ele, o Tribunal de Contas, o Ministério Público e a Polícia Federal. Ele citou as prisões do ex-governador Sérgio Cabral e do principal promotor e organizador dos jogos do Rio, Carlos Arthur Nuzman.

Na sua avaliação, o contribuinte continua pagando a conta dos gastos públicos realizados com o evento quando mais de R$ 41 bilhões foram gastos com aditivos, contratuais para obras, arenas e equipamentos que não funcionam. Segundo ele, os recursos não foram investidos na geração de um legado humano e desportivo.

— Seja a linha 4 do metrô, cuja obra saltou de R$ 880 milhões para mais de R$ 9 bilhões, após farta distribuição de propinas, ou o Parque Olímpico, onde foram encontrados mais de 1.500 vícios de construção, vemos hoje inúmeros casos que, infelizmente, demonstram que estávamos certos ao denunciar, lá atrás, esses que festejavam, mas hoje confessam seus crimes — lembrou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)