Aprovada indicação de diplomata para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
Da Redação | 18/06/2019, 18h45
Por 56 votos favoráveis, dois contrários e três abstenções, o Plenário aprovou nesta terça-feira (18) a indicação do diplomata Pedro Fernando Brêtas Bastos para exercer o cargo de representante permanente do Brasil junto à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com sede em Lisboa. A aprovação da indicação, relatada pela senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), será comunicada à Presidência da República.
Dentre as funções já assumidas por Brêtas Bastos no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, destacam-se a coordenadoria-executiva do gabinete do ministro das Relações Exteriores (1990), a chefia da Divisão da América Meridional-I (1999) e a assessoria especial do gabinete do ministro dos Transportes (2005). No exterior, integrou os quadros diplomáticos permanentes brasileiros em Washington (1981), Lisboa (1984 e 1992), Lagos (1987) e Assunção (1996), entre outros países.
A CPLP foi criada em Lisboa, em 17 de julho de 1996. Os estatutos da comunidade fixam três objetivos gerais, que são a concertação político-diplomática; a cooperação econômica, social, cultural e técnico-científica; e a promoção e difusão da língua portuguesa.
Atualmente, a comunidade é integrada pelos nove países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial (desde 2014), Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste (desde 2002)]. Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai também já fazem parte da comunidade como membros observadores. Além disso, Romênia e Catar oficializaram recentemente solicitações para integrarem a organização.
A criação da comunidade foi uma iniciativa do governo brasileiro materializada na criação do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), durante a Reunião de Cúpula de Chefes de Estado dos Países de Língua Oficial Portuguesa, em São Luís (MA), em 1989.
A presidência da CPLP é rotativa com mandato de dois anos e é ocupada pelo país que tiver hospedado a última Conferência. A comunidade conta com duas fontes de financiamento previstas em seus estatutos. A primeira é o orçamento de caráter anual, custeado por contribuições obrigatórias dos estados membros.
A contribuição do Brasil (que é, desde 2013, o maior contribuinte isolado) representa cerca de 28% do total. A segunda fonte de financiamento é o Fundo Especial, alimentado por contribuições voluntárias e que visa a custear projetos e ações pontuais de cooperação.
Cultura
Em 22 de maio último, quando teve o seu nome aprovado após sabatina na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), Brêtas disse que a CPLP cada vez ganha maior projeção internacional, o que também ajuda o Brasil e a divulgação da sua cultura, valores e língua em todo o mundo.
O diplomata citou que a Operação Felino, de integração e treinamento conjunto das forças armadas dos noves países do grupo, foi uma das mais relevantes parcerias efetivadas pela organização.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
MAIS NOTÍCIAS SOBRE: