Jean Paul Prates aponta dificuldades econômicas para aprovar reestruturação da carreira militar

Da Rádio Senado | 23/04/2019, 15h58

Ao informar sobre encontro da bancada do PT com representantes das Forças Armadas para discutir a reforma da Previdência (PEC 6/2019) e a proposta de reestruturação da carreira militar (PL 1.645/2019) encaminhada pelo governo ao Congresso, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) disse, nesta terça-feira (23), que há obstáculos econômicos para sua implementação.

O encontro, afirmou o senador, aconteceu na liderança do partido, após realização de audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) sobre o mesmo tema. Jean Paul reconheceu as peculiaridades da categoria e a necessidade de sua reestruturação, mas considera que o momento crítico, fiscal e econômico do país dificulta isso.

Ainda de acordo com o senador, foi pedido aos representantes dos militares  em relação a algumas questões importantes, como a atuação do Estado na regulação econômica, o seu papel no estímulo à economia e a extinção de programas sociais, assim com as privatizações de grandes empresas estatais.

— Também gostaria de ver posições em relação às privatizações indiscriminadas. O que as Forças Armadas acham sobre privatizar sem dizer a que veio, sem dizer o que fazer com os recursos, sem dizer como tocar a coisa dali para diante, qual o macroplano para um setor como petróleo, energia, mobilidade urbana, infraestrutura, principalmente a infraestrutura de interesse coletivo, onde existem os monopólios naturais — afirmou.

O senador também questionou se as Forças Armadas são inteiramente favoráveis à militarização das escolas e à flexibilização de regras para posse e uso de armas, propostas pelo governo Bolsonaro. Ele disse também não entender como alguns militares continuam colocando a tributação e a gestão pública como vilã, ao lembrar que os investimentos e os salários da categoria são provenientes do dinheiro arrecadado com a cobrança de impostos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)