Plínio Valério defende mais investimentos na Amazônia

Da Redação | 14/03/2019, 17h32

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) pediu nesta quinta-feira (14) em Plenário mais investimentos para explorar racionalmente os recursos naturais da Amazônia. Ele mencionou o mineral nióbio, na região de Seis Lagos, no Alto Rio Negro. Ele também defendeu a valorização do caboclo e dos indígenas que vivem na região.

— A Amazônia é um santuário. O homem da Amazônia pisa em ouro e dorme ao relento porque o governo federal segue nas políticas do bom mocismo, do modismo, do politicamente correto. Correto é oferecer condições para que o pai de família sustente a sua família. A Amazônia não pode ser tão intocável assim. A Amazônia hoje, só de áreas demarcadas, de áreas preservadas, equivale a duas vezes o tamanho da Alemanha.

Ao criticar a política governamental para a Amazônia, e disse ser preciso defender os interesses de quem vive na região.

­— Os que estão comandando este país não sabem, não entendem nada do que é a Amazônia. Vocês têm que aprender com a gente o que é ser caboclo, o que é ser homem da floresta. Vocês não vão resolver o problema denunciando. Precisam entender que o destino da Amazônia está ligado umbilicalmente ao destino da sua gente, de seu povo.

Multas

Ao comentar as políticas de proteção ambiental, Plínio Valério condenou o que chamou de fortalecimento dos "instrumentos de comando e de controle". ­O senador explicou que o caboclo da Amazônia não pode matar duas cotias para comer, porque será punido, será multado. Não pode nem mesmo, segundo ele, derrubar uma árvore para fazer um trapiche porque será multado.

— Punir é fácil. Dizer que se está errando, degradando, todo mundo diz. Eu quero ver políticas públicas que proporcionem, a esse homem acusado de degradar, condições de comer, de subsistir, de sustentar a sua família.

O senador criticou também as ONGs e entidades internacionais, a exemplo do Greenpeace, que atuam na Amazônia. O senador afirmou que o Amazonas tem 97% de sua cobertura florestal preservada. Quanto aos povos indígenas, o senador afirmou que eles querem explorar os recursos naturais.

— Eles não toleram essa tutela. O índio não quer, o índio não precisa, o índio dispensa a tutela de estrangeiro. O índio precisa, sim, de políticas públicas. Se demarcar terra, se reservar terra para índio resolvesse a questão — e eu não sou contra isso, eu só estou dizendo —, se resolvesse o problema, Manaus não seria a capital mundial onde moram indígenas. 40 a 50 mil indígenas moram em Manaus em condições subumanas. Por que eles foram para Manaus? Porque demarcaram suas terras e não realizaram políticas públicas que permitissem a eles desenvolverem, e conviverem, e sobreviverem — afirmou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)