Rogério Carvalho protesta contra o desmonte da legislação trabalhista

Da Redação | 12/03/2019, 21h11

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou nesta terça-feira (12) em Plenário que a reforma trabalhista e a terceirização precarizaram as relações de trabalho no país e aumentaram o sofrimento da população. Nos últimos dois anos, disse o parlamentar, o povo tem sofrido com a perda de seus direitos.

Ele mencionou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo os quais em 2014 o Brasil tinha 36,6 milhões de trabalhadores com carteira assinada, no regime da CLT, e desse total de vagas formais, 3,3 milhões foram fechadas. Rogério Carvalho ressaltou que, com a reforma trabalhista e com a terceirização, houve queda na quantidade de pessoas empregadas e na renda média do trabalhador e, por conseguinte, um aumento da pobreza.

—  O trabalho informal alcançou 37,7 milhões de pessoas, o que representa 40,8% da população ocupada, ou dois em cada cinco trabalhadores do país. Esse contingente aumentou em 1,2 milhão desde 2014, quando representava 39,1% da população ocupada. A proporção de pessoas pobres no Brasil era de 25,7% em 2016, subiu para 26,5% em 2017. Em números absolutos, esse contingente variou de 52,8 milhões para 54,8 milhões de pessoas no período — disse Rogério Carvalho.

O parlamentar afirmou também que, assim como o governo anterior, de Michel Temer, o governo de Jair Bolsonaro trabalha para beneficiar apenas os mais ricos.

—  O governo agora mandou a Medida Provisória 873, que dificulta o trabalho das organizações sindicais, que impede que as organizações sindicais possam fazer, conforme a Constituição, a livre organização dos trabalhadores, a arrecadação dos seus recursos para garantir que as categorias profissionais possam estar representadas no debate com os sindicatos que representam o setor patronal. Então, nós estamos diante de um desmonte do trabalho no Brasil — afirmou o senador.

Previdência

Rogério Carvalho também criticou a reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro (PEC 6/2019, que tramita na Câmara).

— Então eu pergunto: e essa reforma da Previdência está embasada no que mesmo? Ela está embasada na vontade de resolver o rombo fiscal do país ou está embasada na necessidade de fazer bondade com o sistema financeiro nacional?

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)