No Twitter, senadores parabenizam mulheres, mas lamentam violência

Da Redação | 08/03/2019, 16h07

O Dia Internacional da Mulher foi lembrado por muitos senadores na rede social Twitter. Senadores e senadoras homenagearam e parabenizaram as mulheres, e destacaram a importância da luta pela igualdade de direitos e, principalmente, do combate à violência.

Além de parabenizar as mulheres, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, lamentou “mais um 8 de março repleto de dados sobre violência, desigualdade e desrespeito”. Por isso, argumentou a senadora, a participação da mulher na política é fundamental. “Não ao retrocesso de acabar com a cota para mulheres nas eleições”, completou.

Na opinião da senadora Rose de Freitas (Pode-ES), “não há grande evolução no combate à violência contra a mulher, pois muitas mulheres ainda morrem por conta disso”. Rose registrou que, apesar de existirem leis que punam o agressor, a cultura secular da discriminação e da raiva ainda perdure

Segundo a senadora Kátia Abreu (PDT-TO), mais do que comemorar, “hoje é dia de cobrar mais direitos e respeito e menos machismo e violência”.

A senadora Eliziane Gama (PPS-MA) também felicitou as “mulheres lutadoras e incansáveis” do Brasil. Ela ponderou, porém, que ainda há “muito que avançar na participação política, na ocupação de espaços no mercado de trabalho e, sobretudo, na luta contra o feminicídio”.

A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) parabenizou as mulheres que continuam lutando por igualdade salarial, por acesso a políticas públicas decentes, pelo combate à discriminação e à violência, pela liberdade e pelo direito de viver como quiser.

Senadores

Para o senador Angelo Coronel (PSD-BA), mulher é sinônimo de competência, amor, paz, incentivo, companheirismo, independência e muito mais.

O senador Dario Berger (MDB-SC) registrou que a data é para celebrar as conquistas da mulher. Ele disse reconhecer, no entanto, que “ainda precisamos evoluir muito”.

Já o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) manifestou sua gratidão para todas as mulheres e disse que “caminhamos lado a lado, na construção de um mundo melhor”.

O senador Major Olimpio (PSL-SP) desejou um dia feliz para todas as mulheres e homenageou sua esposa.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que a importância do dia não deve ser confundida com uma mera data comercial. O senador pediu que todas as mulheres sejam respeitadas, amadas e preservadas nos 365 dias do ano.

O senador Jaques Wagner (PT-BA) defendeu os direitos das mulheres. Para Wagner, o direito de ganhar salários iguais, de não serem julgadas pelas roupas que usam, de ocuparem espaços de poder e liderança, de ter seus direitos, opiniões e liberdades respeitadas, são todas bandeiras de grande importância e que têm seu total apoio. “Hoje é dia de lembrar e exaltar Maria Filipa, Maria Quitéria, Maria da Penha, Joana Angélica, Mãe Stella, Marielle, Dandara e tantas outras heroínas, célebres ou anônimas, que lutaram e lutam contra injustiças, violências e preconceitos que atravessam séculos”, destacou o senador.

A desigualdade entre os gêneros também foi criticada pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT). Ele disse que o país vai demorar 100 anos para equiparar o salário de homens e mulheres. Por isso, ressaltou, as mulheres merecem, além do reconhecimento de um dia, o respeito por todos os minutos e segundos.

O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que a data deve servir para reflexão e para reforçar a luta por “direitos diante de tempos tão sombrios”. Na visão do senador, o Dia Internacional da Mulher é um dia de luta pela igualdade de direitos e pelo respeito às diferenças.

Na mesma linha, o senador Romário (Pode-RJ) pediu uma atenção especial às mulheres com deficiência, “que mesmo com limitações físicas, contribuem igualmente para nossa sociedade”.

Para Eduardo Braga (MDB-AM), a data lembra a importância de lutar contra a violência e contra a discriminação. Ele lamentou as estatísticas nacionais que mostram que uma mulher é estuprada a cada dez minutos no Brasil e uma trabalhadora ter renda média 26% menor que um trabalhador masculino. Braga acrescentou que a luta contra a discriminação e a violência doméstica tem que ser diária.

Já o senador Paulo Rocha (PT-PA) celebrou a Lei Maria da Penha (Lei 11.340, de 2006) como um importante instrumento de combate à violência contra a mulher.

Origem

O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1.500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. Algumas fontes apontam que a que a data teria surgido a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York, em março de 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Em 1975, comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e a data de 8 de março foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional da Mulher.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)