Reformas podem mudar feição do país, avalia Oriovisto

Da Redação | 22/02/2019, 12h46

O projeto de reforma da Previdência do governo Bolsonaro chegou nesta semana (dia 20) ao Congresso. A análise começa pela Câmara, mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet, já anunciaram que um grupo de senadores vai acompanhar os debates dos deputados, para acelerar a votação quando o texto chegar ao Senado. O senador Oriovisto Guimarães (Pode-PR), que é titular da CCJ, acredita que as condições políticas são favoráveis para uma reforma da Previdência no primeiro ano de governo:

— É quando ele tem o maior capital político — afirmou o senador em entrevista no programa Salão Nobre, da TV Senado.

A proposta de Previdência do governo Bolsonaro acaba com a aposentadoria apenas por tempo de contribuição e fixa a idade mínima de 65 anos para homem e 62 para mulher. Essa regra vale para trabalhadores da iniciativa privada e também do serviço público. O tempo mínimo de contribuição passa de 15 para 20 anos e, no caso de servidores públicos, 25 anos. Mas para chegar ao teto do benefício, é preciso ter 40 anos de contribuição.

O senador Oriovisto Guimarães não quis comentar os números que já haviam sido anunciados pelo governo no início de fevereiro, mas disse ao Salão Nobre que a reforma da Previdência e outras reformas, como a tributária e a política, podem mudar a feição do país.

O senador pelo Podemos do Paraná também é a favor de privatizações de empresas que geram deficit para a União. O Ministério da Economia sinalizou que pretende manter apenas a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal com capital público. Quanto às empresas deficitárias que não têm interesse de mercado, “por óbvio, isso terá que ser fechado, extinto e as pessoas demitidas”, defendeu.

Fundador do grupo Positivo, que reúne empresas com atuação na área de educação e tecnologia, no Senado, Oriovisto prefere se concentrar nas pautas econômicas. Segundo ele, as mudanças das quais a educação precisa são de competência do Poder Executivo, e alterações legislativas não são necessárias.

Programa Salão Nobre

Como sintonizar: http://www.senado.leg.br/noticias/tv/comosintonizar.asp

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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)