Jorge Viana lembra 30 anos do assassinato de Chico Mendes e sua luta em favor da preservação ambiental

carlos-penna-brescianini | 18/12/2018, 19h29

O senador Jorge Viana (PT-AC) lembrou nesta terça-feira (18) em Plenário o ambientalista Chico Mendes (1944-1988), assassinado há 30 anos, em 22 de dezembro de 1988. O senador informou ter participado de um evento em Xapuri (Acre) neste final de semana passado. Lá, parentes de Chico Mendes estiveram presentes para lembrar a morte do líder dos seringueiros aos 44 anos de idade, ainda defenderam a continuidade de sua luta pela preservação da Amazônia.

— No próximo dia 22, vamos lembrar 30 anos do assassinato de Chico Mendes. Eu estava lá, recém-formado, já trabalhava numa organização do Estado, numa fundação de tecnologia onde era diretor, e sofri naquele 22 de dezembro, véspera do Natal de 30 anos atrás. Foi terrível! Foi triste! E a morte do Chico Mendes foi em consequência de suas ideias, do que ele defendia. Ele defendia algo 30 anos atrás que só agora faz parte da agenda do mundo inteiro. Ele defendia o meio ambiente, as florestas, as populações tradicionais, os povos originários. Refiro-me aos povos indígenas — afirmou o senador.

Jorge Viana leu trechos da carta de Xapuri, “30 anos sem Chico Mendes”, escrita por diversas lideranças e ativistas ambientais do Acre. No texto, destaca-se a continuidade luta contra a destruição de florestas, a denúncia do assassinato de ambientalistas e a apreensão sobre a continuidade ou não de políticas públicas de meio ambiente neste novo governo que começará em 2019.

COP-24

O senador também relatou sua participação na Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP-24), em Katowice, na Polônia, onde a preservação da Amazônia e várias outras frentes de luta em favor do meio ambiente foram debatidas.

Jorge Viana lembrou que em 1985 participou de um evento ambientalista, o primeiro encontro de seringueiros promovido pela Universidade de Brasília (UnB). Um "embrião" do que hoje são os encontros internacionais sobre o Meio Ambiente.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PP-DF) lembrou que era o reitor da UnB naquela época.

— Senador Jorge, eu era o reitor da UnB naquela época, quando sediamos esse evento. E lembro quando fui procurado por uma aluna me propondo realizar o evento. Confesso que aprendi coisas que hoje me são fundamentais.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)