Ana Amélia critica o PT e faz balanço de seu mandato

Da Redação e Da Rádio Senado | 05/12/2018, 17h02

Em pronunciamento nesta quarta-feira (5), no Plenário, a senadora Ana Amélia (PP-RS) afirmou que o partido que esteve no poder nos últimos anos, apesar de dizer que defende os trabalhadores, na verdade, os maltrata. Segundo ela, isso aconteceu com os beneficiários dos fundos de pensão complementar de estatais, como Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios.

A senadora lembrou que as fraudes ocorridas nesses fundos de pensão, geridos por indicados pelo governo do PT, penalizam as pessoas que, por diversos anos, pagaram para ter uma aposentadoria melhor, mas que agora, terão de arcar com o prejuízo ocorrido.

Ana Amélia criticou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) que, em reunião com representantes dos Brics — grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — voltou a criticar as instituições brasileiras, no caso envolvendo o ex-presidente Lula. Para a senadora gaúcha, a atitude da presidente do PT desacredita internacionalmente o Judiciário, o Ministério Público, a Polícia Federal e o Congresso Nacional.

— Não é admissível que, de novo, não encontrando eco em nosso país, para aquilo que foi submetido a um processo dentro da lei [a prisão de Lula], do Estado democrático de direito... O ex-presidente da República não está na prisão em Curitiba por não ser inocente. Ele está lá, porque houve um processo e outros virão na sequência — alertou.

Ao final de seu discurso, Ana Amélia lembrou que o seu mandato termina no início do próximo ano. Ela afirmou que, durante os oito anos no Senado, aprendeu muito mais do que em 40 anos de atividade política. Nesse período, ela apresentou 144 projetos de lei, sendo que cinco estão em vigor. A senadora também destinou R$ 181 milhões para 452 municípios gaúchos, a título de emendas parlamentares.

Ana Amélia contabilizou, ainda, uma economia de R$ 10,5 milhões durante o seu mandato. Apesar de ter direito, disse não ter utilizado integralmente a verba indenizatória. Ela também não chegou a contratar o número máximo de pessoas que poderiam trabalhar em seu gabinete, de acordo com as regras do Senado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)