Paulo Paim reforça importância da democracia para a sociedade

Da Redação | 29/11/2018, 13h29

Em pronunciamento no Plenário do Senado nesta quinta-feira (29), o senador Paulo Paim (PT-RS) admitiu estar “um pouco preocupado” sobre se o país continuará numa trajetória de avanços estruturais e institucionais no que se refere ao aprofundamento da democracia.

Para o senador, o Brasil só conseguiu a redemocratização a partir da promulgação da Constituição de 1988. A rigor, o país teve apenas 48 anos de regime democrático ao longo de mais de 500 anos de história, afirmou:

— Só podemos realmente chamar de democráticos o regime que vigorou entre 1946 e 1964 e o que nasceu a partir da Constituição de 1988. Isso é só um começo em 518 anos de história. A adesão à democracia deve ser alimentada e sustentada com coragem, alma, coração e sentimento, além de reafirmada constantemente. A liberdade em sua essência só é possível numa democracia, o que também favorece a prosperidade.

Paim também ressaltou que foi a predominância dos valores democráticos que permitiu que a Constituição de 1988 conseguisse uma série de avanços sociais, jurídicos e econômicos para os trabalhadores e a sociedade como um todo. E que foi a continuidade desse consenso que permitiu, por exemplo, que entre 2003 e 2005 ele articulasse junto ao governo Lula a aprovação da chamada PEC Paralela da Previdência (Emenda Constitucional 47), no seu entender amenizando efeitos da reforma em curso sobre o sistema na época e favorecendo os trabalhadores.

— Diziam no início que aquilo era uma encenação, que o governo jamais apoiaria. Não é fácil ouvir críticas como essa, mas só a democracia permite que se negocie longamente, ouvindo todas as correntes sociais e partidos, o que permitiu um texto que ao final favorecesse a classe trabalhadora — concluiu.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)