Para Paim, reforma da previdência só deve ser pautada em 2019

Da Redação e Da Rádio Senado | 05/11/2018, 15h15

Diante do que chamou de informações desencontradas que têm deixado a população inquieta, o senador Paulo Paim (PT-RS) destacou que, com a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, houve o entendimento de que a Reforma da Previdência somente seria votada somente após a posse dos novos integrantes do Congresso Nacional, em fevereiro de 2019.

Ele avalia ser impossível analisar uma proposta de mudança na Constituição em tão pouco tempo, ainda este ano. Mais que isso, o senador entende não ser recomendável que os atuais senadores e deputados votem essa reforma, pois eles podem se posicionar de modo diferente daquilo que foi prometido aos brasileiros, nas eleições de outubro.

O senador espera ainda que a proposta de reforma da previdência, a ser analisada no próximo ano, não seja baseada no modelo de capitalização adotado no Chile. Segundo ele, o sistema chileno gerou redução no valor de aposentadorias e pensões e provocou o aumento no número de suicídios de idosos com mais de 70 anos.

— Eu não acredito que no Brasil a gente vá fazer algo semelhante, indo por esse regime de capitalização. Vamos resumir isso: significa privatizar a previdência, cada um vai depositar o que bem entender numa poupança, que será chamada de fundo de pensão. O banco vai fazer as aplicações. se aplicou mal, faliu, ninguém tem nada praticamente a receber.

Paulo Paim voltou a afirmar que o sistema previdenciário brasileiro não é deficitário, como dizem algumas pessoas. Segundo ele, basta ao governo cobrar a dívida previdenciária dos grandes devedores para o sistema reaver um trilhão de reais.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)