Senadores confirmam nova embaixadora do Brasil no Panamá

Da Redação | 30/10/2018, 19h18

Com 40 votos a favor, nenhum contrário e uma abstenção, os senadores aprovaram em Plenário nesta terça-feira (30) a indicação da diplomata Glivânia Maria de Oliveira para exercer o cargo de embaixadora do Brasil na República do Panamá.

Glivânia Maria de Oliveira nasceu em 1962, em Monte Carmelo (MG). Ela já desempenhou funções em Varsóvia (Polônia), Londres (Inglaterra), ONU, Assunção (Paraguai) e Boston, nos Estados Unidos.

O Panamá ocupa o extremo sul do istmo da América Central, ligando-a à América do Sul. Essa característica geográfica molda a estrutura econômica do país, que tem como base as receitas do Canal do Panamá e o rápido desenvolvimento do aeroporto de Tocumen como hub de conexões para voos regionais.

Crescimento econômico

O país tem uma área de 74.340 km² e uma população de 4,2 milhões de habitantes. Sua capital é a Cidade do Panamá. O idioma oficial é o espanhol, tendo o inglês como segunda língua.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), de acordo com o Pnud 2017, é de 0,780, fazendo com que o Panamá ocupe a 60ª posição entre 188 países. A expectativa de vida é de 77,6 anos e o Índice de Alfabetização é de 94,1%.

O país tem se destacado pelo rápido crescimento econômico, baseado em modelo de economia aberta, e pelo investimento em infraestrutura, como a construção do novo conjunto de eclusas do Canal do Panamá.

A economia panamenha concentra-se no setor de serviços, responsável por 80% do PIB, com destaque para os segmentos de transporte marítimo e aéreo, serviços bancários, turismo, comunicações e comércio. Embora a economia panamenha se mantenha como a de maior crescimento na região, o aumento da dívida pública e do desemprego vêm preocupando as autoridades locais.

Ainda quanto ao comércio exterior, é um país importador de bens de consumo, com escassa produção própria. O equilíbrio financeiro é mantido pela renda do canal e do sistema portuário, a qual, além de custear consumo, se reverte em investimento público e irrigação financeiro-bancária.

Relações com o Brasil

A importância que o Panamá adquiriu como economia dinâmica e base logística de comércio e serviços justifica o empenho do Brasil na consolidação dos laços entre os dois países.

Em 2017, o comércio entre Brasil e Panamá totalizou US$ 643 milhões, resultado 102,8% superior ao registrado em 2016 (US$ 317,1 milhões).  As exportações brasileiras somaram US$ 633 milhões, o que equivale a 98,4% do total da corrente de comércio.

As exportações brasileiras para o Panamá são compostas principalmente por produtos manufaturados, também responsáveis pela maior parte das importações vindas do Panamá.

As principais exportações brasileiras são petróleo, máquinas e equipamentos, sementes, combustíveis e lubrificantes para aeronaves e chapas de alumínio. As principais importações são resíduos de alumínio, peixes congelados, memórias digitais e equipamentos eletrônicos.

De acordo com o Itamaraty, a comunidade brasileira vivendo no Panamá é estimada em 2 mil pessoas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)