Rose de Freitas defende revisão de programas sociais para acabar com a miséria

Da Rádio Senado e Da Redação | 16/10/2018, 15h58

A senadora Rose de Freitas (Pode-ES) chamou atenção para o problema da extrema-pobreza e disse que no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza não há muito o que comemorar.

Ela afirmou que o Brasil perdeu a chance de erradicar a extrema-pobreza, isso, graças à recessão econômica de 2015 e 2016 associada ao descaso da classe política.

Rose de Freitas citou matéria do jornal Valor Econômico que apontou que 25 estados viram aumentar o número de pessoas vivendo na extrema-pobreza. E o problema mais grave, acrescentou, está no Nordeste.

— Dos dez estados em que houve maior crescimento da pobreza, oito situam-se no Nordeste. Pior ainda, mudam-se os governos, mudam-se as propostas, mas a verdade é que o avanço da miséria é mais intenso no interior do Nordeste do que nas capitais da região. Esse retorno desproporcional da miséria que afeta com mais intensidade o Nordeste do pais, dá muita margem à reflexão nesse momento, sobretudo, faz-nos pensar na fragilidade das políticas públicas que visam combater a pobreza — discursou.

A senadora citou números do avanço da extrema-pobreza no Nordeste, onde o equivalente a 11% da população entrou nessa faixa nos últimos anos no interior e 9% nas regiões metropolitanas.

Ela defendeu que os programas sociais, como o Bolsa Família, devem continuar, mas que é preciso dar dignidade para a população com emprego e renda, para que não haja mais a necessidade desses programas.

Rose de Freitas acrescentou, ainda, que a extrema-pobreza só acabará com a melhora dos níveis de emprego e com a qualificação da mão-de-obra.

— É preciso portanto rediscutir, quem sabe reformular, nossos sistemas de combate à miséria. Temos que, aos poucos, converter os importantes programas de transferência de renda em ferramentas que fomentem a qualificação, a inserção no mercado de trabalho e o empreendedorismo — defendeu.

A senadora finalizou afirmando que não é possível sair da pobreza sem educação de qualidade e que esse é o caminho para tornar o Brasil mais justo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)