Ana Amélia destaca renovação do Congresso e manifesta apoio a Bolsonaro no segundo turno

Da Redação | 09/10/2018, 18h53

Candidata a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), quarta colocada na disputa, a senadora Ana Amélia (PP-RS) destacou nesta terça-feira (9), em Plenário, a renovação recorde do Congresso no pleito realizado no último domingo. No Senado, ressaltou, a renovação atingiu 85% das vagas em disputa. Foram eleitos no, último dia 7, novos deputados, senadores e governadores, tendo sido escolhidos também os candidatos que disputarão o segundo turno das eleições para presidente da República e para o governo de vários estados.

— Nenhum analista político, nenhum instituto de pesquisa foi capaz, com antecedência de quatro dias, de vislumbrar o resultado das urnas e qual o comportamento, o ânimo e a disposição do eleitorado brasileiro de mudar. Mudar e renovar — disse a senadora, observando que os analistas previam o oposto, em função da distribuição dos recursos do fundo partidário para os maiores partidos.

Combate à corrupção

Para ela, o resultado das eleições é um recado claro da sociedade, cansada da política tradicional e da corrupção.

— Ela não quer saber mais de corrupção, ela não quer saber mais de insegurança. As pessoas não podem sair de casa, porque correm o risco de serem assaltadas, de sofrerem um homicídio (...). E ainda, dentro desse processo, ao longo desses últimos quatro anos, a Operação Lava Jato, como caldo de cultura para levar ao povo brasileiro a confiança de que é um divisor de águas no combate à corrupção e à impunidade — continuou Ana Amélia, asseverando que entrou no Senado como "ficha-limpa" e sairá, no dia 31° de janeiro, também como "ficha-limpa".

Segundo turno

A senadora também sublinhou o protagonismo dos cidadãos nas redes sociais, que contribuiu para rápidas mudanças no quadro eleitoral e levou a um enorme ativismo dos candidatos, "para o bem e para o mal". Dizendo-se vítima de fake news durante a campanha, Ana Amélia criticou o PT e anunciou o apoio, no segundo turno, ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro.

— No Rio Grande do Sul, o gaúcho não aceita neutralidade. Numa hora de decisão para o país, os gaúchos querem lado. E eu precisava tomar partido. Disse isso ao assumir essa posição favorável à candidatura do deputado Jair Bolsonaro neste segundo turno, por conta dessa cultura gaúcha de tomar partido. E eu tomei partido. Não poderia ficar do lado do candidato Fernando Haddad, do PT, porque combati aqui [o partido] no impeachment. Fui uma das vozes mais fortes e vigorosas a favor do impeachment e contra os desmandos do PT. Então, não seria de nenhuma forma coerente de minha parte estar do outro lado — declarou Ana Amélia, para quem foi uma "honra extraordinária" ter disputado a eleição na chapa de Geraldo Alckmin.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)