CRE aprova indicação de nova embaixadora do Brasil no Panamá

Da Redação | 08/08/2018, 16h00

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta quarta-feira (8) a indicação da diplomata Glivânia de Oliveira para a chefia da embaixada brasileira no Panamá. A análise da indicação segue ao Plenário do Senado.

Durante a sabatina, a diplomata chamou atenção para o fato de o Panamá apresentar as mais altas taxas de crescimento econômico nas Américas nos últimos anos. Entre 2011 e 2016, o PIB do país aumentou a uma média de 8,4% por ano, sendo que o dinamismo mantém-se, pois para 2018 é previsto um crescimento de 5,6%. De acordo com Glivânia de Oliveira, o crescimento panamenho está diretamente ligado às obras de modernização e ampliação do Canal do Panamá.

— O Panamá tornou-se um canteiro de obras, estão investindo muito em infraestrutura em diversas áreas. Estão construindo portos, metrôs e ampliando o aeroporto de Tocumen. Prédios novos e modernos tomam conta da Cidade do Panamá, e além disso o governo ainda prioriza o setor de energia, onde há um certo déficit — afirmou.

Os investimentos passam ainda pelos setores de saneamento básico e pela inclusão social de segmentos economicamente desfavorecidos, como a população indígena, disse a diplomata. Foi adotada também uma legislação que facilita a atuação de empresas estrangeiras. Outro fator que favorece o crescimento, disse, é o reatamento de relações diplomáticas com a China após décadas de distanciamento político, segundo informações da embaixadora.

Embarcações brasileiras

Quanto às relações comerciais com o Brasil, a diplomata informou que a prioridade do Itamaraty é a assinatura de um acordo de cooperação e facilitação de investimentos (ACFI) com a nação caribenha. Uma proposta já foi apresentada às autoridades panamenhas, mas foi recebida com algumas ressalvas pelo governo, o que requererá mais esforços, disse Glivânia de Oliveira.

A diplomata ainda confirmou que pretende negociar tarifas mais vantajosas para embarcações brasileiras que cruzam o Canal do Panamá, o que caso se concretize produzirá impactos positivos profundos na exportação de produtos voltados para o mercado asiático. Ela procurará por fim reforçar também a atuação das empreiteiras brasileiras, já presentes nas grandes obras daquele país.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)