Ex-técnico da seleção brasileira de ginástica será ouvido novamente pela CPI dos Maus-Tratos

Da Redação | 04/07/2018, 17h26

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada para investigar casos de maus-tratos contra crianças e adolescentes aprovou nesta quarta-feira (4) a reconvocação de Fernando de Carvalho Lopes, ex-técnico da seleção brasileira de ginástica olímpica, acusado de abusos sexuais de atletas. Em maio, Fernando negou as acusações em audiência da comissão.

Segundo o presidente da comissão, senador Magno Malta (PR-ES), o ex-técnico não esclareceu todos os fatos que envolvem as denúncias de que é acusado.

Também será reconvocado o pastor Georgeval Alves Gonçalves, preso acusado de provocar um incêndio criminoso que matou dois irmãos, de 3 e 6 anos, na cidade de Linhares (ES). Ele foi ouvido em maio pela CPI em diligência na cidade de Vitória (ES). Contudo, Malta solicitou que ele seja ouvido novamente pelo colegiado.

Convites

A comissão aprovou ainda requerimento de convite para ouvir de forma reservada cinco pessoas para esclarecimento de fatos relacionados a maus-tratos. Entre os convidados, está o produtor Mohamed Saigg do programa Fantástico, da Rede Globo, que deverá falar de reportagem especial veiculada em abril deste ano sobre a má aplicabilidade da Lei da Alienação Parental (Lei 12.318/2010). A intenção é ouvir do produtor as informações apuradas, respeitando a proteção das fontes e a preservação da identidade das pessoas que concordaram em ser entrevistadas.

Foi aprovada também a realização de diligência em Cuiabá (MT) para averiguar casos de violência contra crianças e adolescentes no estado. O requerimento é do relator da comissão, senador José Medeiros (Pode-MT).

Prazo

Magno Malta afirmou na reunião a intenção de dar continuidade aos trabalhos da CPI, que tem como prazo final de funcionamento dia 18 de agosto. Instalada em agosto de 2017, a comissão tinha como prazo final dezembro do ano passado, mas foi prorrogada. Malta orientou ainda que os cidadãos conversem com os senadores de seus estados e fomentem CPIs municipais para investigar os maus tratos contra crianças e adolescentes.

- Penso que há tanta demanda nesta CPI que valeria a pena renovar o seu prazo, mas nós temos muita resistência nesta Casa – afirmou o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)