Telmário critica gestão do governo federal em questões essenciais para Roraima

Da Redação | 30/05/2018, 13h03

O senador Telmário Mota (PTB-RR) alertou para o que considera a falta de gestão do governo federal para questões essenciais do estado de Roraima, como a distribuição de energia, a imigração de venezuelanos e a de titulação de terras. Segundo o parlamentar, Roraima é o único estado que não está interligado em rede nacional de distribuição de energia e o povo é quem está pagando a conta de uma "energia sem qualidade, instável, insegura, cara".

Para Telmário, há um forte indício de corrupção, quando se comparam os valores pagos pela energia vinda da Venezuela e pela energia produzida no estado:

— Hoje 130 MW da energia que cobre o nosso estado vêm da Venezuela. Nós pagamos por esses 130 MW cerca de R$160 milhões/ano, e o consumo de Roraima, na hora do pico, chega a quase 200 MW. Esses 70 MW, 60 MW são supridos por quatro termelétricas que hoje há no nosso estado. Por 130 MW para a Venezuela, pagamos R$160 milhões/ano; pelos 60 MW ou 70 MW, na hora do pico das termelétricas, pagamos R$900 milhões. Ora, por um ralo de corrupção desse, não dá interesse de o MDB passar, União?

Titulação de terras

Telmário também chamou a atenção para o problema de titulação de terras em Roraima. Ele disse que 30 mil ou 40 mil proprietários de área rural do Estado não têm a titulação porque falta o assentimento, uma autorização do Conselho Nacional de Segurança.

— [o assentimento] está pronto, mas, só para implantar a maldade de quanto pior melhor, este governo incompetente, este governo sem gestão, este governo que não sabe quem manda nele não permite para sacrificar o nosso povo de Roraima — afirmou o senador.

O senador também criticou a falta de ação do governo federal quanto a questão da imigração venezuelana.

— Roraima vive um caos social. Já vivia um caos pela retaliação que o Governo Federal faz, agravado agora com a entrada dos venezuelanos de forma totalmente desordenada.

Telmário Mota anunciou o afastamento por 120 dias do Senado e a pré-candidatura ao governo do estado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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