Para Cássio, crise servirá para discutir preços dos combustíeis e reforma tributária

Da Redação | 30/05/2018, 11h59

Para o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), a crise que culminou com o movimento paredista dos caminhoneiros novamente evidenciou a necessidade de os políticos discutirem com urgência três pontos: a formação de preços dos combustíveis pela Petrobras; o investimento em fontes alternativas de energia; e a reforma tributária e a diminuição do peso do Estado sobre os ombros dos brasileiros.

Em discurso nesta quarta-feira (30), ele frisou que a população não aguenta mais sustentar "um Estado perdulário, corrupto e ineficiente e que precisa passar por uma reforma ampla, uma verdadeira refundação, um novo pacto de nação". Nessa discussão, disse o senador, a alteração na cobrança de tributos deverá ter lugar de destaque, e os estados federados precisam ser chamados a rediscutir a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) recaindo fortemente sobre energia elétrica, combustíveis e telecomunicações, áreas importantes para o setor produtivo.

Ele também defendeu revisão da política de formação de preços da Petrobras, em razão "dos insustentáveis reajustes diários e do impacto absurdo na vida da população". O senador criticou o elevado preço da gasolina e do botijão de gás, que varia de R$ 120 a R$ 200, o que penaliza e inviabiliza a vida do povo, como reforçou. Para Cássio, é possível recuperar a estatal, mas não em pouco tempo e com um custo tão alto.

O parlamentar defendeu a retomada dos investimentos em fontes alternativas de energia, como biodiesel e etanol.

- É preciso que nesse instante de crise possamos saber que país queremos depois de tudo o que aconteceu e vem acontecendo nesses dias. O país jamais será o mesmo diante do que vem acontecendo. Que possamos fazer uma discussão profunda sobre reforma tributária, do Estado, que começa com o tamanho dos Poderes e que precisam ser revistos.  Precisamos discutir matriz energética. Fazer a discussão sobre malha ferroviária que foi abandonada e esquecida. A crise nos dá a chance de rever velhos hábitos e costumes para que todos possamos fazer nossa cota de sacrifício – disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)