Para Cristovam, governo falhou ao não prever a crise dos combustíveis

Da Redação e Da Rádio Senado | 29/05/2018, 19h40

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) criticou nesta terça-feira (29) o conjunto de fatores que levaram à greve dos caminhoneiros e protestou contra o que chamou de soluções improvisadas do governo diante da crise. Ele afirmou que as autoridades não conseguiram prever os efeitos da dependência da malha rodoviária, do incentivo à compra de caminhões e da oscilação dos preços do petróleo.

Cristovam também contrastou a força da “guerrilha cibernética”, que facilita a organização de manifestações pela internet, com a aparente incapacidade da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de acompanhar os acontecimentos.

— Parece que o governo não tem um serviço de informações. Ou será que o presidente recebe as informações e não leva em consideração? Falaram aqui todos esses dias de demissão do presidente da Petrobras. Ninguém falou da demissão do diretor da Abin, que não informou o presidente, eu suponho, dos riscos que nós corríamos. Ou, mais grave, o presidente sabia e não levou em conta.

O senador classificou como irresponsáveis os frequentes aumentos de preços dos combustíveis da Petrobras, situação que considera agravada pela falta de concorrência no setor. Para Cristovam, a reação à crise será marcada por “discursos para a plateia”, quando o momento requer responsabilidade e previdência.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)