Alvaro Dias critica importação de combustível pela Petrobras

Da Redação e Da Rádio Senado | 28/05/2018, 16h13

O senador Alvaro Dias (Pode-PR) afirmou nesta segunda-feira (28) em Plenário que a paralisação dos caminhoneiros é uma continuação do movimento iniciado com as manifestações de 2013. Para ele, a população segue em luta contra a corrupção e a desigualdade de oportunidades.

Para o senador, a greve poderia ser evitada se os governos Temer e Dilma tivessem ouvido a categoria e o próprio Congresso Nacional. Ele lembrou que há tempos os caminhoneiros reclamam do baixo valor dos fretes, do alto preço dos combustíveis e das dificuldades de pagar as prestações de financiamento de caminhões.

Alvaro Dias questionou ainda a política de preços da Petrobras, uma vez que o Brasil, como qualquer país produtor de petróleo, não pode definir o valor em função dos custo internacional do produto.

Para o senador, é compreensível que a direção da companhia queira cobrir o rombo da Petrobras,  mas não é o povo brasileiro quem deve pagar pelo prejuízo e pela corrupção, e sim quem promoveu os desvios.

O senador também criticou a decisão da Petrobras de importar combustível. Ele afirmou que de 2017 para cá, a importação de gasolina cresceu 82% e a de diesel, 67%.

— Eu ouvi o depoimento de um petroleiro que afirmou taxativamente: 'Nós não estamos trabalhando a todo o vapor. Nós estamos trabalhando na baixa, por orientação do governo'. Qual o interesse do governo em determinar que a Petrobras trabalhe sem a celeridade possível na exploração do petróleo para a produção de combustíveis? Qual a razão? É a importação? Evidentemente, a importação pode atender a interesses da própria Petrobras, que cobra preço alto, pode atender aos interesses dos acionistas, mas não atende ao interesse dos brasileiros — afirmou Alvaro Dias.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)