Governo precisa fazer negociação mais ampla com os caminhoneiros, alerta Ana Amelia

Da Redação | 25/05/2018, 15h52

Se o governo não conseguir um acordo consistente abarcando as entidades mais representativas da categoria dos caminhoneiros, e a paralisação não for de fato debelada nos próximos dias, a economia brasileira como um todo sofrerá um forte impacto. O alerta foi feito pela senadora Ana Amélia (PP-RS) em pronunciamento nesta sexta-feira (25) no plenário do Senado.

A senadora informou que os caminhoneiros do Rio Grande do Sul, por exemplo, não se sentem contemplados pelo acordo fechado pelo governo ontem com nove entidades do setor. Por causa disso, a greve permanece com a mesma força no Estado, já causando situações de emergência em Porto Alegre e diversas cidades do interior.

— O governo precisa com urgência retomar estas negociações, e com entidades que possuem credibilidade com as categorias. Eles não se esqueceram que o acordo fechado em 2015 não foi respeitado, e temem ser enganados mais uma vez. Este acordo de ontem é frágil e pouco representativo — disse.

A senadora reitera que o grande drama dos caminhoneiros é a imprevisibilidade por que passa o preço do diesel, em virtude da política de reajustes adotada pela Petrobras. Esta situação prejudica principalmente os profissionais autônomos, que realizam contratos de frete baseados numa cotação, sempre majorada durante o trajeto. A categoria reclama muito também dos altos preços dos pedágios, acrescentou Ana Amélia.

A parlamentar finalizou informando que se encontrou hoje com o presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), Guilherme Feliciano, que lhe disse que o acordo fechado ontem "beneficia muito pouco os trabalhadores do transporte de cargas".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)