Paim pede mais investimento em educação e aponta violência nas escolas

Da Redação e Da Rádio Senado | 08/05/2018, 15h34

O senador Paulo Paim (PT-RS) pediu mais investimentos em educação. Ele lamentou em Plenário, nesta quarta-feira (8), a situação do setor e disse que Brasil ainda precisa fazer muito para oferecer aos estudantes educação de qualidade. Ele citou dados de 2015 do Programa Internacional de Avaliação de estudantes (Pisa), que colocam o Brasil nas últimas posições no ranking de países cujos estudantes participaram de provas de matemática, leitura e ciências.

O senador acrescentou que, diante do resultado, e mantido o investimento atual, o Banco Mundial estima que, em 75 anos, o Brasil deve obter resultados parecidos com os obtidos por estudantes de países desenvolvidos em matemática. Em leitura, o prazo para a equiparação das notas é de 260 anos, acrescentou Paulo Paim.

Paim lembrou que falta dinheiro para implementar algumas metas estipuladas no Plano Nacional de Educação. Ele reclamou que, em algumas metas do plano, não há critério de avaliação de resultados e criticou os estados e municípios que não cumprem a lei do piso salarial dos professores.

Violência nas escolas

Paim também anunciou que a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) discutirá em audiência pública, no dia 21 de maio, a violência nas escolas.

Para ele, é preciso estabelecer uma cultura de paz nas escolas, para evitar que continuem a ocorrer casos de violência como o retratado em um vídeo filmado numa escola do Recife, no qual seis adolescentes agredem um colega dentro de sala de aula.

— Não é só o caso de Pernambuco. Já me falaram de casos aqui em Goiás, na mesma linha. Aagressão a professores também. A violência nas escolas é algo assustador.

O senador afirmou que o investimento na educação básica não só abre caminho para combater a violência nas escolas, como também permite a formação de pessoas mais conscientes de seu papel na sociedade e capacitadas para o mercado de trabalho.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)