Eduardo Lopes quer se reunir com comando da intervenção federal no Rio de Janeiro

Da Redação | 08/05/2018, 17h40

O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) defendeu ontem a instalação da Comissão Externa do Senado que irá acompanhar a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Relator no Senado do decreto que determinou a intervenção, ele cobrou uma ação mais efetiva por parte dos órgãos envolvidos.

— As tropas não estão nas ruas. A inteligência pode trazer muitos resultados, ou, se disserem que ela já trouxe muitos, não é o palpável, não é o visto pela sociedade. Então, que haja, sim, a ação de inteligência, os bloqueios eletrônicos, as escutas, que haja tudo isso, mas botem a tropa na rua, porque a tropa na rua é que traz também a sensação de segurança — afirmou.

Lopes afirmou que quer fazer parte da Comissão Externa para se reunir com o comando da intervenção e conhecer os planos de ação. Segundo o senador, ao andar nas ruas do Rio de Janeiro, especialmente na periferia, ele sente que o Estado não está sob intervenção.

Para ele, a população do seu estado já está ficando paranoica devido aos índices alarmantes de violência. Segundo ele, quando há engarrafamento em túneis, os cidadãos se escondem com medo de arrastão, e quando ouvem qualquer barulho forte, já pensam se tratar de um tiroteio.

O senador considera que a intervenção federal não pode se limitar à capital do Estado e deve chegar a outras regiões. Ele citou cidades com altos níveis de violência, como Campos dos Goytacazes, Macaé, Cabo Frio e Angra dos Reis.

— Eu estive em Belford Roxo, eu estive em Queimados, eu estive ontem em São João do Meriti e a impressão que se tem da população é a mesma impressão que eu tenho hoje. Eu viajo e o que encontramos, vez ou outra, é uma blitz da PM. Polícia Militar que recebeu novos carros, veículos Ka. E eu pergunto: um veículo Ka vai perseguir o que? Vai conseguir perseguir o que?

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)