Gleisi Hoffmann reafirma disposição do PT de lançar Lula candidato a presidente em 2018

Da Redação e Da Rádio Senado | 07/05/2018, 16h11

Em pronunciamento no Plenário do Senado, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) lembrou, sob protestos, que nesta segunda-feira se completaram 30 dias da prisão do ex-presidente Lula. Ela reafirmou, no entanto, que o PT lançará o ex-presidente como candidato do partido nas eleições presidenciais de 2018 e que é mentira que Lula não possa se candidatar.

Gleisi argumentou que a Constituição prevê a suspensão dos direitos políticos de qualquer pessoa apenas após o trânsito em julgado da decisão penal condenatória, o que não seria o caso do ex-presidente Lula. Além disso, explicou ela, a Lei da Ficha Limpa não impede que o ex-presidente participe do processo eleitoral, ainda que sub judice, enquanto houver possibilidade de recursos plausíveis para instâncias superiores.

— O que que é um recurso plausível? é um recurso que tem fundamento no questionamento da sentença condenatória. E aí, até os adversários do presidente Lula confirmam que os recursos que o presidente lula tem em relação à sua condenação tem plausibilidade, ou seja, tem base jurídica para que o STJ ou o STF possam negar a sentença exarada em primeiro grau e o acórdão de segunda grau e, portanto, anular o processo, que é um processo injusto.

Gleisi Hoffmann, que é presidente nacional do PT, aproveitou para cobrar do Judiciário as provas que serviram de base para a condenação do ex-presidente. Além de afirmar que não exitem provas, ela criticou o açodamento com que o processo foi conduzido e a pressa com que a prisão foi efetivada.  A senadora lembrou ainda que o próprio Supremo Tribunal Federal, ao decidir pela validade da prisão após decisão de segunda instância, determinou que é preciso mostrar que a manutenção do réu em liberdade representa algum risco para a sociedade, o que não se aplica ao caso do ex-presidente em sua opinião.

Para a senadora, o real motivo para a condenação de Lula é afastá-lo do processo eleitoral de 2018 já que o ex-presidente é o favorito no pleito e tem o dobro das intenções de voto nas pesquisas eleitorais que qualquer outro candidato.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)