Eduardo Lopes critica demora na liberação de recursos para a intervenção federal no Rio

carlos-penna-brescianini | 18/04/2018, 21h19

O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) defendeu nesta quarta-feira (18) a intervenção federal na segurança pública no Rio de Janeiro, mas criticou a demora para a liberação de recursos para implementar as ações no estado.

— Se nada fosse feito, iríamos testemunhar a derradeira falência do estado, deixando o povo de bem vencido pelo tráfico, pelas milícias e pela corrupção. Mas ainda restam vários obstáculos para combater a criminalidade — declarou.

Passados quase dois meses, ainda há várias ações a serem realizadas, disse o senador. Eduardo Lopes salientou que ao editar a Medida Provisória 825/2018 , o governo determinou o repasse de R$ 1,2 bilhão em crédito extraordinário para as ações no Rio, embora o grupo responsável pela intervenção tenha pedido R$ 1,5 bilhão.

O senador relatou uma reunião que teve com o interventor, o general Walter Souza Braga Netto, e o secretário de segurança, o general Richard Nunes. De acordo com o parlamentar, eles enfatizaram a necessidade de R$ 1,5 bilhão para a intervenção funcionar durante o período planejado. E que, até recentemente, esses valores ainda não haviam sido repassados. Eduardo Lopes disse que os atrasos nos repasses são atribuídos ao excesso da burocracia e à Casa Civil da Presidência da República parte da responsabilidade por esses atrasos nos repasses financeiros.

— Essas demoras são injustificadas — frisou.

CPI dos Cartões de Crédito

Eduardo Lopes também registrou a instalação, esta semana, da CPI dos Cartões de Crédito, da qual faz parte. O senador disse que não há justificativa para os altos juros que as operadoras de cartões de crédito cobram. Segundo ele, 88% dos que utilizam os cartões de crédito pagam à vista. E somente 12% pagam a prazo. Mesmo assim, as operadoras cobram em torno de 400% ao ano, sendo que uma operadora chegou a cobrar 800% ao ano.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)