Randolfe lamenta morte de líder quilombola no Pará

Da Redação | 17/04/2018, 18h38

O assassinato do líder quilombola Nazildo dos Santos Brito, de 33 anos, no sábado (14) foi lamentado em Plenário pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), nesta terça-feira (17). Nazildo liderava a Comunidade de Remanescentes de Quilombo Turê III, no limite dos municípios de Tomé-Açu e Acará, no nordeste do Pará.

O líder quilombola foi encontrado com marcas de tiros nas costelas e na cabeça. Segundo Randolfe, esse é o quarto assassinato de lideranças quilombolas e trabalhadores rurais no interior do Pará. O senador fez na tribuna um apelo ao Ministério da Justiça e ao Ministério da Segurança Pública para que a morte de Nazildo não passe em branco. Ele afirmou que entregará uma carta aos ministérios com a solicitação de uma investigação aprofundada sobre o caso.

— Mais uma vez a gente coloca em questão até onde vai parar a violência contra as lideranças dos trabalhadores e do campo no interior do Brasil. Casos dessa natureza de assassinato de lideranças de quilombolas, de camponeses e de defensores dos direitos humanos não podem passar sem uma rigorosa investigação por parte dos órgãos federais — afirmou.

Além de uma dor imensa para familiares e amigos, o senador classificou a morte de Nazildo como um golpe para o povo quilombola.

— O assassinato de Nazildo é claramente uma reação das forças organizadas, do crime organizado que existe no interior do Pará, contra a luta de trabalhadores, campesinos e lideranças quilombolas pela regularização de sua terra — declarou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)