Indicado para a Embaixada do Brasil na Albânia vê possibilidade de parceria no setor agrícola

Da Redação | 12/04/2018, 17h23

Sabatinado nesta quinta-feira (12) pela Comissão de de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), o diplomata Francisco Carlos Ramalho de Carvalho Chagas, indicado para o cargo de embaixador do Brasil na República da Albânia, falou sobre as possibilidades de cooperação ecônomica entre os dois países. Aprovada com o relatório favorável do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), a indicação de Chagas para chefiar a missão em Tirana, capital albanesa, segue para a análise do Plenário do Senado.

Durante a sabatina, o diplomata observou que o comércio do Brasil a Albânia, um dos mais pobres da Europa, é muito limitado, tendo chegado a US$ 45,8 milhões no ano passado. Deste total, US$ 44,7 milhões são relacionados à exportação de produtos primários, como carne, frango, açúcar e café, do Brasil para a Albânia.

Apesar disso, Chagas vê um bom potencial econômico na relação com a Albânia. Ele disse que o país enfrenta dificuldades para ingressar na União Europeia. Uma das razões seria o fato de a Albânia figurar como um dos principais produtores de maconha a céu aberto no continente europeu. Além da maconha, outros entorpecentes sairiam da Albânia para a Europa. Diante disso, Chagas afirmou que haveria possiblidade de o Brasil colaborar com a substituição desse cultivo. O setor agrícola, portanto, seria uma via para o Brasil incrementar laços comerciais com o pequeno país dos Bálcãs.

— A maconha virou um problema muito sério por lá, e é do interesse das autoridades a substituição deste cultivo. É aí que o Brasil pode dar uma contribuição concreta a este país, devido à expertise que atingimos em áreas como a pequena agricultura — afirmou o diplomata.

De acordo com o Itamaraty, Francisco Carvalho Chagas ingressou no serviço exterior como oficial de chancelaria e, já como diplomata, serviu nas embaixadas do Brasil em Madri, Montevidéu, Tóquio e Buenos Aires, bem como no consulado-geral em Chicago. Desde 2013 é ministro-conselheiro na embaixada do Brasil em Budapeste. No Brasil, chefiou a Divisão Consular, a Divisão Econômica da América do Sul e a Coordenação-Geral de Modernização.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)