DataSenado: Paratletas apontam aumento de interesse no esporte, mas cobram mais investimentos

Da Redação | 09/04/2018, 17h02

A Paralimpíada Rio 2016 aumentou o interesse dos brasileiros por modalidades adaptadas e levou mais gente a superar limitações e praticar esportes, mas o investimento governamental no setor continua insuficiente. Essa é a parcepção da maior parte dos 607 paratletas ouvidos na pesquisa “Paratletas e o Esporte Paralímpico no Brasil”. A pesquisa foi feita pelo DataSenado em parceria com o gabinete do senador Romário (Pode-RJ).

Os 607 paratletas foram ouvidos entre 19 e 29 de dezembro de 2017. Esta é a segunda rodada da pesquisa. A primeira foi feita antes dos jogos paraolímpicos, em julho de 2016, e mostrou a expectativa dos atletas para os jogos.

Na pesquisa recém-divulgada, 53% dos entrevistados avaliaram que a prática de esporte por pessoas com deficiência aumentou depois da Paralimpíada realizada no Rio de Janeiro. Na primeira rodada, 95% dos entrevistados acreditavam que os jogos incentivariam a prática de esportes entre essas pessoas.

A maioria dos entrevistados, 52%, também disseram que após os jogos aumentou o interesse da população pelo esporte paraolímpico. Apesar disso, a maioria acha que o governo não investe o necessário nesse tipo de esporte. Na opinião de 88% dos paratletas, os investimentos são insuficientes. Na primeira rodada, em 2016, o percentual dos que julgavam os investimentos insuficientes era de 83%.

As fontes de recursos mais conhecidas pelos entrevistados foram o Bolsa Atleta (97% disseram conhecer) e a Lei de Incentivo ao Esporte (76%).  Grande parte dos entrevistados (45%) recebe ajuda do Bolsa Atleta. Em segundo lugar, vêm as empresas privadas, que patrocinam 19% dos entrevistados. Para 66% dos atletas, foi difícil obter o auxílio financeiro.

A pesquisa também mostra a avaliação dos atletas sobre o desempenho do Brasil nos Jogos Paralímpicos. Os que consideraram o desempenho melhor que o esperado somam 41%, contra 37% que consideraram seu desempenho equivalente ao que era esperado e 21% que consideraram pior que o imaginado antes do evento.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)