Dia do Radialista deverá ser comemorado em 21 de setembro

Da Redação | 03/04/2018, 14h24

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (3) o relatório da senadora Ana Amélia (PP-RS) que altera de 7 de novembro para 21 de setembro o Dia do Radialista (PLC 118/2017). A proposta segue para o Plenário do Senado.

Como explicou a senadora durante a votação, a mudança atende a um pleito dos próprios radialistas, que preferem celebrar a data no dia 21 de setembro. Isso porque foi neste dia, em 1943, que o então presidente Getúlio Vargas editou um decreto estabelecendo pela primeira vez um piso salarial para a categoria, além de regulamentar a atividade.

- É uma data que os radialistas preferem, sem dúvida nenhuma. Isso é algo consagrado. Remete a eles à luta pelo reconhecimento e consolidação dos seus direitos - explicou a senadora.

A aprovação da nova data para lembrar o Dia do Radialista também foi celebrada pela presidente da CE, senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), formada em Comunicação Social.

- É algo justo. São os radialistas que atingem os mais longínquos rincões deste país, que falam a linguagem do povo, transmitindo-lhes informação e cultura - afirmou.

Jornalistas

Ainda durante a discussão do projeto, Ana Amélia mencionou que trabalhou durante muitos anos em emissoras de rádio no Rio Grande do Sul, como jornalista profissional. Ao lembrar sua formação em Comunicação Social, a senadora disse considerar um retrocesso a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que dispensou a formação específica para o exercício do jornalismo.

O vice-presidente da CE, senador Pedro Chaves (PRB-MS), afirmou que os jornalistas precisam se mobilizar e pressionar o Supremo a rever o entendimento adotado pela Corte.

- O jornalismo é uma profissão que tem uma relevância muito grande para a sociedade. Considero essencial a obrigatoriedade do diploma para que a atividade seja exercida. O fim dessa exigência foi algo realmente lamentável. O jornalismo possui técnicas próprias, e além disso há a formação ética e cidadã, que pode fazer uma grande diferença no curso superior - defendeu.

Ana Amélia lembrou que o Senado aprovou uma PEC retomando a obrigatoriedade do diploma para jornalista (PEC 33/2009), mas observou que a análise da proposta encontra-se parada na Câmara dos Deputados. Ela acrescentou  que essa formação não interfere no exercício da profissão de radialista, que possui suas próprias regulamentações.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)