Projeto que cria Sistema Único de Segurança terá urgência no Senado, garante Eunício

Da Redação | 22/03/2018, 13h20

Previsto inicialmente para ser aprovado até o dia 20 deste mês pelo Congresso Nacional, o projeto que cria o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) ainda aguarda uma definição da Câmara dos Deputados. Questionado sobre o andamento da proposta, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, reforçou nesta quinta-feira (22) que pautará a proposta para que seja votada com urgência quando chegar à Casa. Ele lembrou que o Senado avançou na pauta de segurança pública e de microeconomia desde o ano passado:

— Não depende de mim. Eu farei isso de imediato [colocar em urgência] quando chegar aqui. Aprovamos quase 20 matérias sobre economia, mais de 15 sobre segurança pública como fim de foro privilegiado e abuso de autoridade desde agosto do ano passado. A Câmara tinha outra pauta – disse o presidente.

Eunício frisou que o Senado captou desde o ano passado o sentimento das ruas ao priorizar projetos que garantam a retomada do crescimento, a geração de empregos e o enfrentamento ao problema da segurança pública.

— Tenho convicção de que a sensibilidade que o presidente [da Câmara] Rodrigo Maia tem fará com que essas matérias sejam votadas – avaliou.

Sobre a morte da vereadora Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, assassinados a tiros na noite de quarta-feira da semana passada no Rio de Janeiro, Eunício ressaltou que é mais um exemplo da violência que acomete o país.

Eletrobras

Ao comentar o projeto de privatização da Eletrobras, que também depende de uma definição da Câmara dos deputados, Eunício de Oliveira destacou que a maior preocupação é garantir verbas para a gestão de recursos hídricos e de segurança pública.

— Esse projeto da Eletrobras precisa ser debatido. É preciso saber para onde vai o dinheiro. Não vamos aprovar um projeto apenas por aprovar. Sabemos as dificuldades que passam o Nordeste na questão de recursos hídricos. E a gente precisa destinar recursos novos para que esses recursos possam ser incorporados à questão da segurança pública e dos recursos hídricos.

Indagado se as campanhas eleitorais podem atrapalhar a votação do projeto, Eunício disse que o Senado não deixará de votar matérias importantes nem durante o período eleitoral.

— O Congresso vai funcionar normalmente até o início das eleições e no período eleitoral vamos fazer mutirões para que os senadores possam se dividir em relação a ficar aqui no Congresso, votar matérias importantes e, ao mesmo tempo, participar da campanha – salientou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)