Brasil adotou agenda em favor dos super-ricos, afirma Paulo Rocha

Da Redação | 01/03/2018, 16h12

Em pronunciamento no Plenário nesta quinta-feira (1º), o senador Paulo Rocha (PT-PA) afirmou que o país passa nos últimos anos por uma articulação entre setores da elite visando a concentração de poder político e econômico. Segundo o senador, a Operação Lava-Jato, a mídia, o mercado financeiro e parte da classe política fomentaram a crise durante o governo Dilma Rousseff visando sua deposição e a implantação do "Estado mínimo", destruindo programas sociais e de transferência de renda adotados durante os governos do PT.

Citando dados do IBGE relativos a 2016, Rocha afirmou que os brasileiros cuja renda supera 160 salários mínimos por mês arcaram, na média, com 6,1% no pagamento de impostos. Já quem tem renda de cerca de 30 mínimos arcou na média com 12,1%.

— Olhem só que interessante. A classe média, que bateu panela pra derrubar a Dilma, está tendo que pagar a conta do golpe. Enquanto os super-ricos recebem isenções fiscais, a classe média arca com mais impostos e sucessivos aumentos de gasolina, além de outros serviços — disse.

Na "agenda golpista que favorece apenas os super-ricos", o senador incluiu a reforma trabalhista, o fim da política de valorização do salário mínimo e a queda dos investimentos estatais.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)