Força-tarefa enviada ao Ceará ajudará em ações de inteligência, explica Eunício
Da Redação | 19/02/2018, 20h48
Os 36 integrantes da força-tarefa policial enviada pelo Ministério da Justiça ao Ceará desembarcaram na madrugada desta segunda-feira (19) na Base Aérea de Fortaleza e, durante o dia, mantiveram reunião com autoridades da segurança pública do estado. O envio do grupo atendeu a um pedido encaminhado ao governo federal durante reunião em Brasília do governador do Ceará, Camilo Santana, e do presidente do Senado, Eunício Oliveira, com o presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Justiça, Torquato Jardim.
Eunício, que é senador pelo Ceará, esteve no domingo (18), na Base Aérea de Brasília, para apoiar a força-tarefa, encarregada de auxiliar as polícias Civil e Militar do estado em operações de inteligência.
O presidente do Senado frisou que, diferentemente do estado do Rio de Janeiro, o Ceará não estará sob nenhum tipo de intervenção federal.
- O Ceará vai receber o apoio que nós defendemos desde o começo, na abertura do Congresso, que é a integração da chamada inteligência das forças e dos órgãos de investigação em nível nacional cooperando com os estados - afirmou.
Força-tarefa
O grupo, comandado pelo almirante Alexandre Mota, secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, é formado por 26 policiais federais e 10 policiais da Força Nacional de Segurança Pública, que atuarão em operações de inteligência que incluem investigação policial e prevenção ao crime. A primeira atividade deles na capital cearense foi uma reunião com as polícias do estado para organizar as demandas locais.
O envio da força-tarefa já estava previsto desde o início deste mês, quando o Ministério da Justiça se comprometeu com o governo do Ceará a apoiar ações de combate ao crime organizado depois da chacina que vitimou 14 pessoas no bairro Cajazeiras, na periferia de Fortaleza, e do assassinato de 10 presos em uma cadeia pública do interior do estado. Os crimes teriam sido motivados por um conflito entre facções criminosas. Segundo o governo, outros 50 policiais da Força Nacional estão no Ceará há três semanas apoiando as forças de segurança locais.
Um dos motivos que aceleraram a ida da força-tarefa ao estado é a investigação sobre o assassinato de um traficante apontando como um dos líderes de uma facção criminosa de São Paulo e que estava foragido.
Com informações da Agência Brasil
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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