Ana Amélia manifesta apoio à intervenção federal no Rio

Da Redação e Da Rádio Senado | 19/02/2018, 15h17

A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse nesta segunda-feira (19) em Plenário ter mudado sua opinião sobre o decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro. Inicialmente, a senadora se manifestou contrariamente à medida, dizendo preferir uma força-tarefa à intervenção.

Mas diante da opinião favorável dos moradores do Rio de Janeiro, que "sabem melhor do que a situação de insegurança e da criminalidade no estado", Ana Amélia reconheceu motivos para apoiar a intervenção.

— Até pelo detalhe de ser uma intervenção temporária e uma intervenção que não afeta o funcionamento administrativo e político do Rio de Janeiro. Não é uma intervenção, a não ser na área de segurança pública. Talvez seja o remédio amargo que precisa ser dado neste momento grave e agudo.

Quanto à criação do Ministério da Segurança Pública, também anunciada pelo governo na semana passada, ela se manifestou contrariamente, uma vez que falta dinheiro para setores como saúde, educação e transporte.

Ela lembrou ainda que, aos olhos da sociedade, o ministério funcionará mais como um cabide de emprego do que para solucionar o problema da insegurança.

Produtores gaúchos

Ana Amélia também expressou preocupação com as consequências da crise que atinge os setores do leite e do arroz do Rio Grande do Sul.

Segundo ela, por causa do baixo preço desses produtos no mercado, o custo da produção está mais alto do que a receita. Diante desse cenário, muitos produtores já anunciam o desejo de abandonar as atividades.

Além disso, a arrecadação dos municípios onde há a produção de arroz e leite deve cair, o que tem levado algumas prefeituras a vislumbrarem a possibilidade de decretação de estado de calamidade, afirmou Ana Amélia.

— Contabilizando os prejuízos dos produtores de arroz com o custo de energia elétrica, diesel, mão de obra e manutenção de equipamento (...) o agricultor recupere menos do que ele gastou na venda do seu produto. É o mesmo em relação ao leite, que vive há mais tempo esse problema — declarou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)