Senado assina plano de ação parlamentar entre Brasil e Marrocos

Da Redação e Da Rádio Senado | 07/12/2017, 20h42

O Senado e a Câmara de Conselheiros do Marrocos ratificaram, nesta quinta-feira (7), um plano de ação e visitas parlamentares. O programa visa aumentar o intercâmbio entre os dois países e aprofundar as negociações para um futuro acordo com o Mercosul.

O coordenador do Grupo Parlamentar Brasil- Marrocos, senador Cristovam Buarque (PPS-DF), explica que o grupo não pretende substituir as ações do governo, mas sim abrir um canal entre o Senado e o seu equivalente marroquino.

— Primeiro o fato de formalizar uma relação de parlamentares de um país e do outro. Especialmente aqui nós do Senado e o que eles chamam de Câmara de Conselheiros do Rei. É o que corresponde ao Senado. A partir daí nós aprovamos um programa de cooperação na área cultural, na área agrícola. Não substituímos o governo. O governo executa as coisas, mas aqui é um fórum de debates — afirmou.

Marrocos é um país do norte da África que tem ampliado a economia. Além da tradicional indústria pesqueira e das atividades têxteis, que produzem tapetes reconhecidos internacionalmente, o país está desenvolvendo um setor industrial. E como Brasil e Marrocos não exigem visto prévio, as relações bilaterais têm crescido, como destacou o embaixador marroquino no Brasil, Nibil Adghoghi.

— O Marrocos tem hoje uma economia diversificada. Tem a indústria de fertilizantes também. O Marrocos recebe 12 milhões de turistas por ano. Chegamos a receber 35 mil brasileiros. Também na indústria aeronáutica, muitas fornecedoras da Airbus, Bombardier e Boeing se instalaram no Marrocos para fabricar componentes dos aviões. E, aliás, a Embraer compra componentes desde o Marrocos para sua usina em Lisboa [Portugal] — esclareceu o embaixador.

Para o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Fernando Collor (PTC-AL), o intercâmbio entre os dois países ainda é pequeno, mas deve ser aprofundado junto com as relações comerciais. Após registrar a cifra recorde US$ 2,1 bilhões em 2012, o comércio bilateral caiu e em 2016 somou pouco mais de US$1,1 bilhão.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)