Bauer defende prioridade na duplicação das BRs 280 e 470, em Santa Catarina

Da Redação | 07/12/2017, 14h33

O senador Paulo Bauer (PSDB-SC) lamentou em discurso nesta quinta-feira (7) a inconstância e o atraso na conclusão das obras de recuperação e duplicação das BRs 280 e 470, em Santa Catarina. Para melhorar o escoamento da produção, fortalecer a economia e evitar as inúmeras mortes que ocorrem no local, ele pediu que o governo federal, o Parlamento e a Comissão Mista de Orçamento destinem recursos para estas importantes obras de infraestrutura.

— Manifesto aqui a convicção de que as duplicações destas BRs em Santa Catarina [devem ser] priorizadas no Orçamento da União, que está sendo votado no Congresso Nacional nesta semana e na próxima, para que essas obras sejam efetivamente executadas pelo Ministério dos Transportes, pelo Dnit, em favor não só de Santa Catarina, mas em favor da economia e do país — disse.

Segundo o senador, as obras se iniciaram, com atraso, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff e a previsão era de que a BR 280 tivesse 36 dos seus 70 quilômetros duplicados até o fim de 2017. Em realidade, falta muito para essa conclusão, alertou. A situação triste e vergonhosa, na avaliação do parlamentar, tende a piorar porque só diminuem os recursos destinados e o dinheiro não será suficiente para concluí-las.

A BR está saturada, congestionada e travada, justo uma das principais rodovias de Santa Catarina, com fluxo de 15 mil veículos por dia, disse Bauer. É rota de escoamento do polo industrial de Jaraguá do Sul, São Bento do Sul, Joinville, e toda a produção da indústria têxtil, de alimentos, eletrodomésticos, louças, móveis, tudo depende da infraestrutura e da rodovia, salientou.

Já a BR 470, no Vale do Itajaí, teve sua conclusão adiada para 2022, cinco anos após o prazo inicial. Só para realizar as desapropriações previstas no projeto, são necessários mais de R$ 400 milhões, porque é uma região de alta concentração urbana, e em 2017, o governo federal disponibilizou R$ 64 milhões para toda a obra. O custo, previsto em 2013 para R$ 860 milhões, só com a correção inflacionária já saltou para mais de R$ 1 bilhão.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)