Audiência debate situação de doentes com neuromielite óptica

Da Redação | 06/12/2017, 19h27

A Neuromielite óptica (NMO) é uma doença inflamatória que atinge o sistema nervoso e a medula espinhal, podendo causar perda de visão e a paralisia dos braços e das pernas. Por ser rara, a patologia ainda não é reconhecida pelo governo, o que dificulta o acesso ao tratamento adequado pelo Sistema Único de Saúde. A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promoveu nesta quarta-feira (6) audiência pública para debater a importância do reconhecimento da doença.

O senador Romário (Pode-RJ), autor do PLS 487/2017, que institui o Dia da Conscientização da Neuromielite Óptica, a ser celebrado no dia 27 de março, acredita que a falta de capacitação dos profissionais complica o diagnóstico da doença.

- Muitos dos pacientes poderiam ser diagnosticados bem antes, mas esses profissionais, que infelizmente não são competentes, quando são procurados, acabam não identificando isso e esses pacientes acabam demorando para ter o seu diagnóstico - lamentou.

Daniele Americano demorou a receber o diagnóstico exato da doença. Os sintomas de vômitos e soluços ininterruptos foram confundidos com falta de vitamina B12 e ela ficou seis meses internada até perder os movimentos das pernas. Hoje ela luta para que os pacientes com a doença tenham melhor acesso aos tratamentos.

- A criação do Dia da Conscientização da Neuromielite Óptica é apenas o primeiro passo para o nosso reconhecimento como pacientes, para que possamos, como cidadãos, ter acesso digno a médicos, tratamentos, medicamentos - explicou.

Os sintomas da NMO podem variar em diferentes pessoas. Alguns pacientes apresentam dormência nos membros, escurecimento ou perda da visão, além de náuseas, vômitos e soluços recorrentes. O diagnóstico precoce pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes que vivem com a doença.

Com informações da Rádio Senado

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)