Estudantes do Projeto Jovem Senador iniciam discussão sobre propostas

Da Redação | 28/11/2017, 20h51

Os 27 participantes do Projeto Jovem Senador 2017 começaram a discutir propostas legislativas nesta terça-feira (28). Divididos em três comissões, os jovens senadores debateram proposições em áreas como educação, meio ambiente e cultura. Se aprovadas, as matérias podem ser analisadas pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e transformadas em projetos de lei.

Cada comissão dos jovens senadores conta com um patrono: a escritora Cecília Meirelles; a educadora e poetisa Nisia Floresta; e o jurista Sobral Pinto. A divisão tem o objetivo de reunir estudantes que apresentaram propostas com temas semelhantes. Diferentemente das comissões temáticas oficiais, que recebem o nome de acordo com o tema de que tratam, as comissões dos jovens senadores têm nomes que homenageiam grandes brasileiros relacionados à educação, cultura e direitos humanos.

À frente da Comissão Nísia Floresta, que trata de temas relacionados ao direito e à cultura, a estudante Willyane Pontes, de Pernambuco, afirma que a experiência de presidir o colegiado é enriquecedora.

— Foi muito emocionante os colegas me elegerem e confiado em mim. Tentarei retribuir esse voto de confiança — disse.

Eleita presidente da Comissão Cecília Meireles, que debaterá propostas ligadas à educação, a jovem senadora Geysa Berton, do Rio Grande do Sul, destaca o engajamento e a interação do grupo.

— Pretendo integrar ainda mais o grupo e conhecer os participantes de cada estado. O que me encanta é conhecer a cultura de cada um. E o Brasil é isso: tem uma pluralidade muito singular — disse.

Representando o Espírito Santo, o estudante Felipe Poggian está confiante com a missão de presidir a Comissão Sobral Pinto, que tratará de questões ligadas à ciência e à saúde.

— Acredito que farei um bom trabalho nessa área. Espero levar o máximo de conhecimento possível — afirmou.

Professores participam de curso

Enquanto os estudantes discutiam as proposições, os professores orientadores das redações vencedoras do concurso de seleção para o Projeto Jovem Senador participavam de curso presencial sobre atividade legislativa, ministrado pelo historiador e professor Antônio José Barbosa. De acordo com Barbosa, o treinamento é uma oportunidade de conversar com professores de todas as unidades da Federação e promover uma espécie de mergulho na história do Brasil.

— É uma forma sintética de abordagem, mas que pretende atacar pontos essenciais para compreender o Brasil de hoje. É uma síntese da história política do país — salienta.

Elaborado pelo Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), o curso engloba ainda técnicas de ensino e história do Parlamento.

Atividades

Os trabalhos legislativos dos jovens senadores seguem até sexta-feira (1º). Desde 2011, os participantes do projeto já apresentaram 45 sugestões de lei encaminhadas à análise da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), das quais 37 foram transformadas em projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional.

O projeto Jovem Senador é voltado para a educação política dos jovens e conta com a parceria do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Também apoiam a iniciativa as secretarias de Educação dos estados e do Distrito Federal. A lista completa dos alunos vencedores do Jovem Senador 2017 está no site do projeto.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)