Paim celebra Dia da Consciência Negra e prega o combate ao racismo no Brasil

Da Redação e Da Rádio Senado | 20/11/2017, 15h50

O senador Paulo Paim (PT-RS) saudou em Plenário o Dia da Consciência Negra, celebrado nesta segunda-feira (20). Porém, ele lamentou que, dos 5.570 municípios brasileiros, apenas 1.047 reconhecem a data como feriado.

O dia 20 de novembro, ressaltou Paim, lembra a República de Palmares, quilombo que foi um dos principais símbolos de resistência contra a escravidão dos negros. Em 2007, destacou o senador, foi inaugurado o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, em Alagoas, onde se localizava o quilombo.

Paim lamentou que após quase quatro séculos de escravidão dos negros — o que foi a base da economia do país durante os períodos colonial e imperial — ainda hoje a população afrodescendente tenha um risco 23% maior de ser assassinada e continue sub-representada na política.

Além disso, Paim acrescentou que os casos de perseguição contra religiões de matriz africana persistem, assim como os exemplos de racismo no dia a dia, como o caso recente de um ator negro, espancado em um terminal de ônibus em São Paulo, ao ser confundido com um ladrão.

— Estudos do programa das Nações Unidas para o PNUD (...) demonstram que o nível de qualidade [de vida] da população negra está ainda há décadas atrasada em relação àqueles que não são negros. Mas, como disse o apresentador de televisão, enfim, isso é 'coisa de preto' - afirmou Paim.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)