Ana Amélia lamenta quebra de produtores de leite do RS e destruição de fazenda na Bahia

Da Redação e Da Rádio Senado | 06/11/2017, 17h21

A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse em Plenário nesta segunda-feira (6) que os produtores de leite do Rio Grande do Sul sofrem com uma crise aguda.

Segundo ela, o preço do leite não cobre o valor correspondente ao custo de produção e isso fez com que 19 mil pecuaristas deixassem a atividade.

A situação ficou pior depois que o governo autorizou a importação de leite em pó do Uruguai, no momento da safra gaúcha, informou Ana Amélia.

A senadora aproveitou para fazer algumas sugestões com o objetivo de minimizar os prejuízos dos produtores de leite do Rio Grande do Sul.

— Primeiro para usar recursos, pelo Ministério do Desenvolvimento Social, para colocar na merenda escolar, colocar nos programas sociais, a compra interna do produto, porque eu acho que a prioridade é essa. A segunda [sugestão] é chamar os programas das Nações Unidas para pegarem esse leite e mandarem para os países que as populações estejam passando fome, morrendo de fome.

A senadora Ana Amélia informou, ainda, que a importação do leite em pó do Uruguai já foi suspensa pelo Ministério da Agricultura.

Destruição de fazenda

A senadora Ana Amélia lamentou também o pouco espaço que a mídia deu à destruição de uma fazenda localizada em Correntina, no oeste da Bahia, por integrantes do movimento dos trabalhadores rurais sem-terra, o MST.

Nas palavras de Ana Amélia, mil "bandidos" destruíram a produção, equipamentos e prédios, gerando um prejuízo de R$ 60 milhões.

E isso, segundo a senadora, além de prejudicar financeiramente os japoneses que são proprietários da fazenda, vai gerar desemprego e manchar a imagem do Brasil no exterior.

Ana Amélia disse que nem os argumentos dos invasores têm fundamento. Na fazenda, eram produzidos batata, cenoura, feijão, tomate, alho, cebola e milho, todos produtos integrantes da cesta básica e não commodities, que seriam voltadas para o mercado internacional.

— Segundo alguns, os invasores chegaram em caminhões e em mais dez ônibus. Quem financiou? Quem pagou? Será que esse é o exército do Lula, que ele tinha chamado? Não terá sido esse o exército, que não se satisfez com o impeachment da Dilma e dos riscos de Lula não chegar ao poder? Será que é isso o que querem? Botar fogo no brasil, como eles disseram que iam botar. Um líder sindicalista esteve lá no palácio e disse isso: iam botar fogo no brasil.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)