Participantes de audiência apontam benefícios do Mais Médicos para o país

Da Redação | 24/10/2017, 18h51

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realizou audiência pública nesta terça-feira (24) para debater o programa Mais Médicos, do governo federal, eleito pela comissão como a política pública a ser avaliada pelo colegiado dentro de sua área de atuação, conforme resolução do Senado. O objetivo da audiência pública é ajudar na elaboração do relatório de avaliação do programa pela comissão.

Criado em 2013, o programa Mais Médicos busca resolver a questão emergencial do atendimento básico ao cidadão, levando esse serviço a regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais. Também tem como objetivo investir em novas vagas de graduação e residência médica para qualificar a formação dos estudantes.

Ex-secretário de Saúde da Bahia, o deputado Jorge Solla (PT-BA) destacou dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que mostram a falta de médicos no país. Segundo o levantamento, enquanto o Brasil tem em média um médico para cada mil habitantes, países vizinhos como Uruguai e Argentina contam com três. Jorge Solla afirmou que o programa é uma das mais importantes políticas públicas implementadas nos últimos anos e ressaltou que se a iniciativa seguir a meta, em 2024 o país terá cerca de 600 mil médicos.

— O programa combina um provimento emergencial com um processo de formação de estruturação a médio e longo prazo para suprir necessidades — afirmou.

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA), autora do requerimento para a realização da audiência, destacou a importância da avaliação do programa quanto a sua eficácia e consequências.

De acordo com o representante do Ministério da Saúde, Antônio Ferreira, atualmente o Brasil tem mais de 18 mil profissionais ativos no programa. O orçamento entre 2013 e 2017 já ultrapassou R$ 12 bilhões.

— O Mais Médicos hoje consegue alcançar populações que nunca tinham um médico no seu município — registrou.

O vice-presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Willames Freire, argumentou, porém, que apesar de o programa ser uma boa iniciativa, muitas pessoas que vivem em comunidades remotas e vulneráveis ainda hoje enfrentam dificuldades de acesso a serviços de saúde.

Com informações da Rádio Senado

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)