CPI dos Maus-Tratos ouve em audiência sigilosa envolvidos na exposição do MAM

Da Redação | 24/10/2017, 18h59

A CPI dos Maus-Tratos ouviu nesta terça-feira (24), em São Paulo, mães, pais e crianças que estiveram presentes na performance nua do artista Wagner Schwartz no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). A audiência ocorreu de maneira reservada e sigilosa com a participação do presidente da comissão, senador Magno Malta (PR-ES), e do relator, José Medeiros (Pode-MT).

Elizabete Finger, a mãe que motivou a própria filha a tocar o homem nu durante performance usou o direito de permanecer calada durante o depoimento. Apesar de não se pronunciar, Elizabete, que também é artista e coreógrafa, ouviu os dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente que teria burlado, citados pelo senador Magno Malta.

O senador mencionou ainda a exposição, principalmente nas redes sociais, a que a filha de Elizabete foi submetida com a divulgação do ocorrido. Segundo o senador, faltou cuidado na divulgação das imagens do caso por se tratar de uma criança.

O curador do MAM, Felipe Chaimovich, disse não ter responsabilidade pela performance de Wagner Schwartz, intitulada La Bête, já que o curador da exposição era um outro profissional. Segundo Felipe, quem irá responder pelo caso é Luiz Camillo Osorio, curador do 35º Panorama da Arte Brasileira – Brasil por Multiplicação. Luiz chegou a ser convocado para a audiência, mas não compareceu e, por isso, será conduzido de forma coercitiva para ser ouvido pela CPI.

A CPI encerrou os trabalhos em São Paulo após realização de duas audiências públicas, e continua com a pauta em Brasília, onde ainda deve ouvir o artista Wagner Schwartz.

Com informações da Assessoria do senador Magno Malta

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)