Cássio Cunha Lima cobra entrega de medicamentos para doenças raras

Da Redação | 24/10/2017, 21h01

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) fez um apelo em Plenário nesta terça-feira (24) para que o Senado exija do Ministério da Saúde providências urgentes para restabelecer o fornecimento dos remédios para tratamento de doenças raras. Cássio estava na companhia de Patrick Dorneles, portador de MPS e ativista na luta dos portadores de doenças raras no Brasil.

- A luta de Patrick é em nome de milhões de brasileiros que estão sofrendo com a falta de medicamento. Já fizemos inúmeros apelos ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, e o fato é que as pessoas estão tendo seu estado de saúde agravado, pessoas estão morrendo – alertou.

O senador informou que, em seu estado, a Paraíba, já ocorreram duas mortes nos últimos dias por falta de medicamento – uma na capital João Pessoa e outra em Congo. E que Patrick e o grupo de representantes dos portadores de doenças raras estiveram com a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, para tratar de uma ação que tramita no STF sobre a questão.

- Fica o apelo para que usemos a nossa força política, usemos a nossa capacidade de ação política, a nossa mobilização para salvar vidas, vidas que já se foram, sentenças de mortes que estão sendo assinadas diariamente neste país – declarou.

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) afirmou que a questão não está sendo ignorada no Senado. A Subcomissão Especial Sobre Doenças Raras, criada no âmbito da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), está produzindo uma legislação específica para tratamentos de doenças raras. Além disso, a própria comissão destinou uma de suas quatro emendas orçamentárias para que o Ministério da Saúde arque com as despesas com medicamentos para essas doenças.

- É claro que o caso dele [Patrick] é urgente e que nós precisamos ter uma ação também urgente. Mas eu queria dar o testemunho de que isso não está sendo ignorado e que nós estamos tratando com a maior responsabilidade essa questão das doenças raras – disso Moka, convidando os senadores a também participarem da subcomissão.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) reconheceu que a questão é suprapartidária e pediu ao senador que marcasse uma reunião com o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

-  Eu quero ir como líder do PT, mas seria uma postura de um Senado unido, lutando por uma causa tão importante - reforçou.

Os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também concordaram com a necessidade de uma ação do Congresso nesta questão.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)