Alvaro Dias pede auditoria em projeto de foguete que custou quase meio bilhão

Da Redação e Da Rádio Senado | 09/10/2017, 15h55

O senador Alvaro Dias (Pode-PR) defende nesta segunda-feira (9) uma auditoria sobre a aplicação dos recursos orçamentários alocados na implantação do lançamento do foguete Cyclone-4, na Base de Alcântara, no Maranhão. Ele lembrou que seu pedido de informações ainda não foi votado pelo Senado.

O senador observou que o projeto do Cyclone-4 surgiu de um acordo entre Brasil e Ucrânia, que já foi cancelado. Alvaro Dias apresentou dados que revelam gastos superiores a R$ 464 milhões na implantação do projeto. O senador lamentou que os contribuintes não tenham informações a respeito do dinheiro investido.

— Se as obras não foram realizadas, se o foguete não foi lançado, e se o governo hoje busca entendimentos com outros países, pressupondo que houve portanto a extinção daquele acordo bilateral com a Ucrânia, é óbvio constatar que estes recursos não foram bem aproveitados.

Mato Grosso

Alvaro Dias também relatou visita que fez a Mato Grosso, onde se encontrou com produtores rurais. Ele destacou a importância da produção de grãos mato-grossense e a competência dos agricultores daquele estado. Para o senador, Mato Grosso deveria ter mais atenção por parte do governo.

Na opinião de Alvaro Dias, os governantes dos últimos anos, são "urbanos demais' e não dão valor ao trabalho do campo. O senador destacou que, nos últimos 25 anos, o agronegócio foi responsável pelo superávit na balança comercial brasileira.

Ele  lamentou que os agricultores não contem com logística suficiente para sustentar a produção e ainda levam desvantagem pelo modelo tributário nacional em relação aos concorrentes estrangeiros. Ainda assim, o senador elogiou os agricultores de Mato Grosso por manterem 62% do território do estado com o meio ambiente preservado.

—  Quando afirmam que produtores rurais são depredadores, a resposta está nos números. Um Estado extremamente produtivo, gerador de riquezas, exportador de produtos primários, com 62% do seu território preservado ambientalmente.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)