Importância do diagnóstico precoce do câncer de intestino é defendida em audiência

Da Redação e Da Rádio Senado | 03/10/2017, 18h01

O diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento aumentam as chances de cura do câncer de intestino. O alerta foi feito por especialistas participantes nesta terça-feira (3) de audiência pública da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

A audiência foi uma iniciativa da senadora Ana Amélia (PP-RS), relatora do projeto, transformado na Lei 12.732/2012, que garante a pacientes diagnosticados com câncer o início do tratamento pelo Sistema Único de Saúde em até 60 dias. Como destacou Ana Amélia, detectar precocemente e iniciar rapidamente o tratamento são fundamentais para a cura da doença.

— Determinados tipos de tumores são mais difíceis de você curar começando mais tarde o tratamento — afirmou.

A necessidade de diagnóstico e tratamento rápidos foi reforçada pela representante da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, Marlise Cerato, que informou sobre as possíveis causas da doença e sugeriu campanhas informativas à população.

— O câncer colorretal é uma doença silenciosa. Leva em torno de 10 a 15 anos para aparecer. Então é muito importante as pessoas saberem que não ter sintomas não significa não ter câncer. Fatores que aumentam a incidência do câncer colorretal são a gordura saturada animal, carne vermelha — porque libera radicais livres e agentes pró-oxidantes —, o álcool, a obesidade, o tabagismo, a história familiar — enumerou.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, em 2016 foram registrados no Brasil quase 17 mil novos casos de câncer de cólon e reto em homens e quase 18 mil em mulheres. O câncer de intestino é o segundo tipo da doença que mais mata mulheres e o terceiro que atinge os homens no país. Apesar disso, ressaltou a presidente da Comissão de Assuntos Sociais, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), pouco se fala do problema.

— Tem um preconceito, na verdade, essa é a situação. Porque mesmo quando o ministério ou nós mesmos fazemos a campanha do Outubro Rosa, ninguém fala desse tipo de câncer. E isso (o silêncio) é o que acaba deixando a doença com um dos maiores índices de mortalidade — declarou.

Participaram também do debate representantes do Ministério da Saúde e da Associação Brasileira de Prevenção ao Câncer de Intestino.

Da Rádio Senado

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)