Jucá diz que Janot foi precipitado ao oferecer nova denúncia contra ele

Da Redação | 29/08/2017, 14h23

Em entrevista coletiva concedida no início da tarde desta terça-feira (29), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, agiu de maneira "açodada e intempestiva" ao apresentar denúncia contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a peça do procurador, apresentada ao STF na segunda-feira (28), Jucá teria beneficiado a empreiteira Odebrecht por meio de emendas de interesse da empresa em medidas provisórias, em troca de ajuda financeira ao PMDB de Roraima. A denúncia é baseada em delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-diretor da empreiteira, mas Jucá alerta que a Polícia Federal ainda não concluiu a referida investigação.

- O inquérito, a investigação ainda não foi concluída. O processo está na Polícia Federal. Então de maneira estranha, açodada e intempestiva, ele apresenta uma denúncia sem receber os autos da própria investigação - disse o senador.

Para Jucá, Janot "até iniciou bem sua gestão", porém está tendo um fim de mandato "triste, melancólico, lamentável" ao "virar um justiceiro" que busca criminalizar a atividade política no país. Acrescentou que outras duas denúncias apresentadas contra ele caíram por inconsistência.

- Andou comentando até sobre meu bigode, parece que ele desenvolveu uma fixação contra mim, sinceramente fico sem compreender - disse o senador, garantindo estar tranquilo quanto a esta denúncia, pois demonstrará "uma vez mais" que não deve nada.

Boa Vista Mineração

O senador ainda disse que está processando os veículos de comunicação ou comentaristas que por meio das redes sociais associam a Boa Vista Mineração, que tem como uma das sócias a sua filha Marina Jucá, com atividades no Amapá que seriam beneficiadas pelo decreto que extingue a Reservas Nacional de Cobre e Associados (Renca). Ele garante que a referida empresa atua apenas em Roraima.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)