Jorge Viana protesta contra privatização da Eletrobrás e fim de reserva florestal na Amazônia

Da Redação e Da Rádio Senado | 23/08/2017, 19h57

O senador Jorge Viana (PT-AC) criticou nesta quarta-feira (23) a extinção, pelo governo federal, de reserva nacional entre o Pará e o Amapá, de 40 mil Km². Ele salientou a área de florestas que será liberada para exploração mineral é superior ao tamanho de quarenta países, como Israel, Bélgica e equivale a quatro vezes o território do Líbano.

Jorge Viana também lamentou o anúncio de privatização do único satélite inteiramente nacional, da Casa da Moeda e da Eletrobrás. De acordo com o senador, a empresa de energia, criada nos anos 50, já recebeu mais de R$ 400 bilhões em investimentos públicos. Agora, o governo Temer pretende vendê-la por apenas R$ 20 bilhões.

Ele argumentou que a Eletrobrás vale muito mais do que o anunciado, por ter em seu patrimônio 47 hidrelétricas, 114 usinas térmicas e 69 usinas eólicas. Para o senador, o valor da venda não vai resolver os problemas de caixa do governo e o país ainda perderá um ativo estratégico.

— Nós temos que parar, frear, impedir, proibir medidas desse tamanho para atender interesses de governo, seja que governo for. Medidas como essa têm que atender o interesse nacional — criticou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)