CRE focou trabalhos no novo cenário internacional para o Brasil

Da Redação | 20/07/2017, 16h10

O Presidente da Comissão de Relações Exteriores, Fernando Collor (PTC-AL), fez balanço positivo do semestre à TV Senado.

O que o senhor destaca?

O balanço é extremamente positivo. Fizemos 24 reuniões, dentre essas, 8 painéis temáticos tratando de assuntos relacionados à ordem internacional e de como o Brasil se coloca nessa ordem. Realizamos 18 audiências públicas, aprovamos matérias muito importantes: a lei de migração, que tem origem no próprio Congresso, o que é raro, de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira; um acordo com a Argentina sobre o Aquífero Guarani; e dois acordos comerciais, com o Chile e com o México.

Como vê o Brexit, que afeta 100 mil brasileiros na Inglaterra, e o protecionismo?

Os Estados Unidos estão voltando a ser um país extremamente protegido, não somente para evitar a migração, mas também na questão do protecionismo comercial.

Um passo atrás na globalização...

E até na própria concepção da economia americana, porque hoje há fora dos Estados Unidos inúmeras indústrias americanas. É uma ordem diferente da que vivíamos antes de Trump. Queremos ver de que maneira o Brasil pode se inserir nesta nova ordem internacional, de maneira a tirar vantagens, não somente de forma egoística, mas que sejam recíprocas para os nossos parceiros. A globalização, pelo avanço da inovação tecnológica, está criando uma série de deserdados nesse processo. Aqueles que não conseguiram se atualizar na sua profissão, vão ficando para trás, fora do mercado de trabalho, o que gera frustração, revolta e desejo de mudança.

Os painéis vão continuar?

Teremos mais nove painéis. E realizaremos 28 reuniões plenárias. E vamos tratar do desemprego, da migração, do terrorismo, da guerra cibernética e do que chamamos de “os deserdados pelo processo de globalização e da inovação tecnológica”.

Assista a entrevista completa à TV Senado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)