Retirar direitos dos trabalhadores em plena crise política é um acinte, diz Gleisi Hoffmann

Da Redação | 11/07/2017, 12h17

Votar a reforma trabalhista (PLC 38/2017) neste momento de crise política, com risco de o presidente da República Michel Temer perder o posto, é um acinte, na opinião disse nesta terça-feira (11) a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Para ela, reduzir os direitos dos trabalhadores não vai resolver o problema do desemprego.

— Não é precarizando direito que vamos melhorar a economia do Brasil. Sejamos claros: os senadores devem vir aqui e dizer nós somos patrões, somos empresários, somos da elite e não queremos que nosso lucro não caia porque está caindo agora na crise. Não precisam de proteção trabalhista — afirmou no Plenário.

A senadora deu o exemplo do México, que promoveu reformas semelhantes e agora sofre com a precarização. Segundo ela, o país ganhou milhões de empregos precarizados, o que resultou em pessoas passando fome e muita gente trabalhando muito e ganhando pouco.

Gleisi Hoffmann afirmou também que a maioria dos senadores não têm legitimidade para votar o assunto visto que sequer levaram o assunto para suas bases e alertou para o fato de as trabalhadoras mulheres serem as mais prejudicadas, caso o projeto seja aprovado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)